domingo, 14 de outubro de 2012

Elos do passado


Elos do passado

Vem aqui
Hoje eu cismei que queria alguém pra conversar
Falar sem pressa sobre as coisas mais inúteis e inconvenientes
Compartilhar da dor e da desilusão pela vida
Só pra gente poder rir depois e brincar de sonhar

Senta aqui mais perto
Deixa eu te mostrar o último novo som da semana seguinte
Que amanhã mesmo ninguém vai se lembrar
Sabe essa música? É inspiração pura da nova corrente de poesia “elos do passado”
Eu que inventei, mas amanhã posso não estar mais inspirado

Ouve só um pouco mais
Daí, vou combater meu ideal filosófico com unhas e dentes
Rasgar os panfletos e comentar acima e abaixo que foi um tremendo erro
E que ninguém pode se lembrar, e que você não vai compactuar com isso
E desse modo a gente pode ser feliz, bem mais feliz que o sorriso da nova atriz

Olha bem pra ela
Linda e bem mais linda, ela é um sonho de estrela que nunca poderemos alcançar
Também você queria? Olha, esse meu amor cresce nesse surpreender que vem me mostrar
E você me diz que o sorriso dela é falso, que não compra felicidade
Que em verdade ela é só mais uma como nós, sem vida, sem sonho e sem lugar

Posso duvidar de seus princípios?
Dos meus também me canso. Assim como cansei de sua voz aqui do lado
Não posso mais dar lugar às suas críticas e opiniões sobre lado certo e errado
Sua voz estridente cansou meus tímpanos e já não te quero mais
Sua opinião sempre destrutiva sobre minha vida, eu já não quero mais

Tudo eu posso fazer sozinho
Não. Eu não preciso de você
Mesmo que eu tenha só te fantasiado de perfeição
Que só servia para outra esquecer

Alexandre Bernardo