quinta-feira, 30 de setembro de 2010

13

Segue o tempo
E continua a história


<3

Amo sempre mais e mais

<3

XX

Queimar no Mar


Meu sono finda
Tua voz me desperta
De outro te reino do prazer me transporto
Ao que me incita suas palavras

Lembro do gosto de teu mel
Nessa doçura que é tua voz
Afasta toda lembrança do fel
Liberta-me de me sentir algoz

Quero um novo caminho ao teu lado trilhar
Mistérios desse teu ser, poder desvendar
Ver no teu rosto o reflexo do luar
Perder-me e me esquecer dentro do teu olhar

Lembro, também, e como não lembrar
Do peso do teu corpo sobre o meu
De sentir de tão perto o seu respirar
Quero no teu corpo de mar me sentir afundar

Confundo e não entendo
És sereia ou és mar?

Quero aquela cena em fogo, congelar
O sorriso desperto no teu rosto
O fogo me consome agora em verde
Eternizando em mim esse teu jeito de olhar

Quero no teu mar flutuar
Quero o incêndio que é teu corpo

Quero por você
E só em você

Inventar meu novo significado
De um queimar no mar

Queimando essa brasa de amar
Afogando-me nos pensamentos
De contigo e só em ti estar

Segue o tempo e seque também aquele desejo
De para sempre te sentir
Sentir-me flutuar ao navegar


Alexandre Bernardo

XX


E por que não sempre se declarar?

Que seja piegas ou seja o que for

Sejamos livres para falar de amor


Te amo Vanessa

<3

Sempre e sempre mais

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Ar

Ar

Tudo o que é preciso


XX


Ar

Opressão e indiferença
Une opostos
O cheiro, a dor e o lamento
Em marcas na pele
Não enxerga de tão evidente
Tão claro e clarividente
Incompreensível e mesmo distante
Continua, mesma maneira distinto
Indistinto fosse
Continua, mesma procura
Cansaço fosse
A maldade só em ti reina
E tão belo é seu dominar
Aquele com gritos e humilhações
Reclamando por tanto amar
A base do dizer
Discurso anelar
Presos em dedos gordos
De futilidade irá se libertar
Denúncia, hipocrisia e sonho
Quem tem mais e falar
E por que fala?
Se ao silêncio irá retornar?
Que palavra encontrar?
Cansei de tanto ar e “ar”
Para variar eu preciso saber
Preciso mais uma vez ouvir
Esse som vago ruir
Delicioso ao desmoronar
Volta a bondade e maldade
Caminhantes unidas
Um beijo como forma de selar
Amarra teu olho a mim
Ou continua a me ignorar
Tua escolha
Escolhe a chave
Tranca sua mente
Foge de tudo que vou te lembrar
Sou teu ar


Alexandre Bernardo

XX


Só enquanto eu respirar (8)

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Mentiras

Mais do mesmo sobre mentiras
Ou puramente palavras soltas
Vazias
Unicamente minhas mentiras...



XX


Mentiras

Do pó da areia em minhas mãos
Assopro leve pra ver voar
Figuras se formam e se mesclam
Dois seres na vida se lançam

Da vida, convivência se cria
Eterno suportar-se
Complicam-se ao olhar

Agora unidos abraçam-se
Lágrimas da poeira
E agora o que parecem mostrar?

Era amor?
Era paixão?
União?
O que mais?

Era mentira

Era uma plena mentira

Fugir da solidão para em base
Esconder-se atrás de outro alguém
Foram se usar de escudo
Foi disfarçar tudo de alegria

Mascarar a vida de sorriso

Dizer que toda a palavra é poesia

Mas se não é?

Não era o que queria
Era amor e era sincero
Mas acabou

Era mentira

Os seres de areia
Tão frágeis
Sob as bases de mentiras
Juntos e
Separados
Afundaram-se



Alexandre Bernardo

XX


Sempre...

Cansado...


E escritos sem ligações com datas presentes
Apesar desse pensar confuso...

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Merecimento

Só mais uma reflexão de alguém que se esqueceu conceitos sobre refletir...


XX

Merecimento

Merecimento
É este serviço que me consome
Não some nem finda
Todo desmerecimento que eu recebo
Pelo suor e sangue; Trabalho

Transmitir o que sei
E mentir muito do que se vê
Essa é minha falta
Também minha agridoce tarefa
Que tanto me causa antes de dormir

Sofressor é amor e sina
Professar é mentir envolto em aura
E olhos brilhantes te acompanham
Ora inspiram sabedoria, ora mais uma mentira

Sabem...
Lá fora tudo é tão diferente...
As pessoas se falam por se odiar
Isto é a relação da sociologia
Os fortes, vencedores e assassinos
Ditam o que é história

E eu minto, sim, ao dizer que essa é a língua “certa”
O certo é o dizer e o sentir
A gramática era e erra a fala do burguês do porvir

Sabedoria é um bolso cheio

Ignorância é essa casa vazia

A língua estrangeira por mero saber?
Pura imposição externa
Não nos conhecem
Nossa língua não nos aproxima

Nossas línguas não se aproximam mais

Não há amor

Veja quão absurdo é...
Julga isso ofensa?
Às matérias, assuntos e temas
Que trato verdadeiramente como filhas

Partes de mim
Meu braço e perna
Que conheço tão bem...

Conhecia no verbo correto

Foram amputadas de mim

Não reconheço nas novas
O membro fantasma que aqui ficou

Peça mais
De certo lhe aconselho

Anseie e deseje
Para só então odiar

Reclamar de tudo...

E faça como eu...

Tudo faça e
Nada faça...

É assim o certo?



Alexandre Bernardo


XX


S...

I...



A.B.

sábado, 18 de setembro de 2010

Eu Queria Viver de Poesia




23:15h
Listen: Mombojó - O mais vendido


Seguem-se os dias
Continuam os planos

O que teremos?


O tempo dirá


XX

Eu Queria Viver de Poesia

Queria não acordar para ir trabalhar
Levantar livre para assistir o sol nascer
Queria não esquecer de mim e mesmo assim me perder
Perdoar-me unicamente por cada uma de minhas palavras
Encantar-me com a beleza do alvorecer

Queria não perder os momentos especiais
Ter que pensar tais idéias geniais de como embrulhar a encomenda
O caminho mais rápido para entregar as pizzas
A posição correta das cadeiras na hora de limpar
Queria não comprar o usual em intervalos

Continuar a repetir
Destruir-me no trabalho manual

Quem aceita a minha moeda?
A única que no momento tenho

Queria ainda poder ter minhas palavras para trocar
Dar-te-ei uns belos versos
Para aqui ainda morar


Alexandre Bernardo


XX

Sempre

E nem sempre

Aqui


A.B.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Imperfeição

Só para dizer de um dos momentos
Daqueles que a gente se sente humano...


XX

Imperfeição


Ando cansado
Remendar os farrapos
Costuras as linhas nas palavras
Unir as teias da história

Nada tem sentido

Os dedos frios segurando a caneta
Menor ainda de certo seria, essa frieza que levo no coração
Quem sabe por que e como fui eu congelar
Não sei, nem lhe perguntei, responda-me sei lá
Quem sabe se ao menos tentou o sangue estancar

Meu coração bate assim lento

Sem saber o rumo que irá tomar

Deprimido

Arrume-me algum comprimido que me dá a alegria
A mesma que tanto procurei e nunca encontrei, nenhum lugar

Quem terá a luz para enfim aquece-lo?
Busco inútil que nas noites empreendo
Nas devidamente engendradas palavras
O gelo desse coração se aquebranta

Trazendo dor e mais dor
Novos sentidos para o rancor

Quem foi que disse
Que as palavras ferem?
Quem foi que disse
Que elas também podem curar?

Minha doce cura é ilusão

Minha vida
Retrato gelado na parede de um quarto
Na porta escrito
“Aqui jaz nossa eterna imperfeição”


Alexandre Bernardo

XX

Sempre humano

Sempre aqui


A.B.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Um Caderno de Poemas

11:55h
Da série: Post durante o dia e sem música
=[


Enfim
Séculos mais tarde, um tempo surgiu numa aula que era para ter sido e não foi
Poema dos antigos digitado e devidamente postado
E
Infelizmente

Sem tempo para maiores comentários

Sejamos assim

Sempre, sempre breves




XX


Um caderno de Poemas


Era um caderninho de poemas
Um diário de angústias disfarçado
Não tão bom é claro
Nem tão certo
Menos ainda exato

Mas lhe trazia vida
Era coberto de sangue
Amor e alegria
Não havia não dito
Mesmo entrelinhas, escrito

Era desperto por quebrantar de corações
Sua caneta movida a ódio, tédio e perdão
E não via a hora de parar
E ao surgir às novas páginas
Via-se a mudar

As letras chegaram ao fim
O novo quis comprar
O velho ficou no passado
Entre a poeira a chorar

Novas páginas, quase um mundo novo
Criou-se novo nome, novos segredos
E outras histórias foi-se lá a desvendar



Alexandre Bernardo

XX


Nem sempre breve

Mas sempre e sempre aqui


A.B.