sexta-feira, 30 de abril de 2010

8

Entre trancos e barrancos...
Chegou-se a simetria
Nem tão simétrica ou certa

Certo é estarmos juntos

E mesmo assim, talvez, nem tão certo disso

O que se espera então?
Melhoras, superação e alegrias
Bem mais
Daquelas duradouras
Que enxergamos em cada gesto ou olhar

Congelados em movimentos que duram pra sempre no lembrar...


Venha mais perto
Deixe-me te perguntar...

XX
O que significa amar?

Meus versos confusos desconexos seguem
Armados de desventura e coragem
Como se tu fosses a única que pudesse ouvi-los

Canto a agonia de ver-te nas ondas
Ondas caídas de globos oculares
Nas quais me afoguei ao ver
Um oceano de mágoas causadas por meu viver tolo

Olhos nos olhos
A espera da fala
Aqui, engasgada cada palavra
Esperando unicamente tudo ficar melhor

E por onde começar?

Pensei em tanto dizer e tanto fazer
Mas realmente te convenceria?
Pensei em tudo ignorar e continuar meu modo
Aquele sem pressa de te amar
Mas realmente te convenceria?

Sabes tanto dessas coisas quanto eu mesmo

Sabes tanto de mim e ti
Que prefiro o não esquecimento
Mas a superação em forma plena
Para só então
Escrever nossa história com cada nuance
Que nos faça ser eternos
Em cada detalhe
Daquelas quatro letras que o coração humano
Julga conhecer seu significado

Ser só então

Amor


Alexandre Bernardo
XX
How i’m feel about Love?

Love isn’t gone

E queira que o destino nos permita...
Estar sempre aqui

Noite ou dia...

Chuva ou sol...

Sempre Aqui ... <3

terça-feira, 20 de abril de 2010

O que a moderna poesia deve dizer?

17:37h
Listen: Blonde Redhead - Misery is a Butterfly
(Old Times!)

Quase na hora de ir para a faculdade :P
E parece que espero algum post feito pelo "Nosso Castelo" para resolver escrever algo...
Na verdade hoje eu tive um dia...
Daqueles que parecem que você não viveu... Tanto espaço você percorreu... Tantas coisas você fez... Mas nesse momento abriria mão de tudo isso por um segundo diferente
Um outro pedaço de você dizendo...
Por dentro ou por fora as coisas parecem sempre as mesmas...
E bate o sentimento que nem na morte nada vai ser descoberto...
O sentido da vida deve ser realmente algo como 42...

Conversas metafísicas?
Cansei delas também
Falar, escrever e respirar
Atividades apenas usuais
Sem alma
Sem sentimento
Sem ser eu...

Eu me sinto como se me tivesse perdido em um de meus “eus”...

E isso nem importa agora

A miséria é uma Borboleta...

Angel... I can see myself in your eyes...

XX

O que a moderna poesia deve dizer?

Quais assuntos temos?
Que tema abordar?
Já que nem pena ou tinta eu tenho
Já que canso tanto os olhos ao digitar

Charme por óculos antes ao carimbo e cartas antigas?

Que viagem devo eu narrar
Se nem por mares posso navegar?
Que emoção e quanta aflição
Devo por sobre o asfalto
E entre os mesmos de mim
Continuar neste repugnante me espreitar

Quais debates retóricos irei narrar?
Debates de jogos ou brigas de bar
Se ao meu redor vejo rusgas sem nexo
Todas sobre a TV falar

Sigo assim só e sem emoção

Sem saber do que falar

Sigo assim querendo-te falar sobre o céu
Mesmo vivendo neste inferno onde vim morar


Alexandre Bernardo


XX


Inutilidade é um estado de espírito...


Sempre aqui...

sábado, 17 de abril de 2010

Flores...

11:04h
Listen:Chico Buarque - Desalento


Afinal,
O começo é um final,
Começo por afinal a liberdade de post’s diurnos

Sabe quando a vida impele a escrever?

Sabe quando é mais força da vida?


Eu só sei... Corre e diz a ela que eu entrego os pontos...

XX

Flores

Eram flores largadas na calçada.
Pareciam, até certo ponto, uns daqueles buques de festa. Um daqueles que a jovem que pegou não se casou. Ao tocar, tão belas flores, inflou-se e sentiu-se por todos desejada. E por vários deles, sim, ela era. Acontece que isso os expulsou. E claro em nossas vidas que às vezes afastamos aqueles que mais amamos e nunca conseguimos reavê-los.
Pareciam, até certo ponto, flores daquelas guardadas há muito tempo dentro de uma gaveta d’um armário antigo. Daqueles que motivaram por vezes um choro desesperado, mas que , por fim, foram esquecidas. Exceto por um despreparado jovem que se julgava único e chorou sozinho ao encontrá-las e disse sozinho:
-Ainda pensa nele...
Seu sentimento começou a degradar. Cair sem fim no abismo do inconsciente. Ele a esqueceu. Ela morreu sozinha. Ele morreu sozinho.
Pareciam, até um ponto ainda mais determinado, flores que caíram da mudança e muitas vezes ignoradas por outros motoristas foram destroçadas e aparentemente envelhecidas pelas pancadas. Por que aparência é externa a alma das flores. Ele chegou sem as flores que serviriam para reatar o sentimento. Elas a fariam deixá-lo entrar. Soaram como mais uma daquelas suas desculpas sinceras, mas ela se cansou de perdoar. O mundo não abre espaço a reincidência no perdão. Separaram-se para viver sozinho.
Pareciam, até um ponto mais próximo do real sem desprezar anteriores realidades, talvez ainda mais reais, flores compradas para um menino. Tanta vergonha ela sentiu. Meninos não gostam de flores. Meninos escondem-se em geleiras de sentimentos fortes e ignoram por completo símbolos de sentimentos. Ela só queria ser gentil. Ser diferente. Ser tudo o que ele sonhou: surpreendente. Como outra que agora mesmo é dona eterna de um coração. Ele se apaixonou, mas por um amigo (suposto ou não) ver as flores, ele as recusou. Ela se ofendeu. Não foram felizes.
Na realidade, as flores, aquelas ditas e distintas flores, eram flores de tristeza.
Eram reflexos incertos descarados da dor.
Era o amargor de cada sentimento, dentro de cada semblante derrotado, desses que nos batem sem mesmo poder perceber.
E o julgar perdido desses filhos do futuro, mesmo nos homens modernos como nós, a visão começa a brotar.
Enxerguemos então a essência daquelas flores assim largadas na calçada:
Eram flores de tristeza.
E algo mais que a profunda tristeza.
Eram reflexos incertos descarados da dor. Era atuação na vida desse destruidor pesar. Foram compradas em qualquer um desses perdidos lugares, estilo conveniência, mas tipicamente mórbidas com caixas para corpos, colares, ternos e coroas. Vendiam também cartões telefônicos.
Havia flores.
Alguém comprava as flores.
Carregava-as junto a dor na alma até uma avenida nunca movimentada daquela pequena e infeliz cidade. Hoje, em especial, as pessoas seguiam umas às outras nas ruas. O incerto as juntava hoje. Seguiam hoje um dos seus.Sendo exato, era uma.
Ela.
Única.
Seu coração se retorcia.
O povo seguia a procissão, como se não houvesse nada mais acontecendo no mundo.
Ao lado de um caixão branco, sem flores, seguia um homem alto, barba exposta, lágrimas também. Segurando firme uma das alças e ao seu lado uma garotinha vestida de negro. Tão puramente abatida. Segurava firme a mão do senhor.
As flores estavam em suas mãos e ele não podia entregar.
A prova do pecado estava em suas mãos e o pretendido delator nunca iria delatar. Iria em paz.
Calada junto do silêncio, as flores caíram.
Eram agora flores caídas na calçada.
As flores que em vida ele nunca fora capaz de entregá-las...
Eram flores de tristeza...

Alexandre Bernardo

XX

Sempre

Sempre aqui

AB

domingo, 11 de abril de 2010

“0S TEMPOS ESTÃO mudando”

“0S TEMPOS ESTÃO mudando”

Esta é a realidade’

Os anos 60 carregados da estética kitsch.
O que mudou na crise denunciada por Camus?
Alguém leu coisas de maneira estranha.

Não saber é bom.

Ou não,

O filosofo sempre estraga tudo.

O Alexandre sempre espera momentos enquanto eles estão passando na frente dele.
Nunca espere ajuda da filosofia ou de um filosofo. Ele só pode te dar a duvida.

A história está sempre nos pregando peças.

Porque todos precisam de vigias?
Sem ninguém nos controlamos podemos ser quem nós somos. Porque temos medo de ser quem nos somos
Retrato da decadência do século XX, anos 80.

Eu tenho medo do que o Thiago escreve.

Existe bebida além da porta. A porta abre um leque de possibilidades. Que vc seria sem a bebida? Quem nós podemos ser?
Vc suporta uma vida sem sentido?
Eu tenho medo do que o Thiago escreve.2.
Alguém sabe porque.

Quem?

Se esse alguém existe, está rindo da minha cara agora.

Odeio a idéia de esta sendo vigiado agora

O que me vigia não está aqui fisicamente

Mas toda a metafísica que carrego

Vive em mim

Observa-me
Punir, condenar.

Vigiar e punir.

Alexandre está preocupado com tudo que eu estou dizendo.

Um filme sobre como o estado nos observa me faz pensar em como somos controlados.

E aê? Há vida além disso?

A figura política no meio de um enterro.
Vc está disposto a morrer por alguma coisa?

E até o heróis morrem.

Suas vidas são usadas como exemplos.

E quem liga para o que eles realmente foram?
Heróis ou não, tanto faz. Eles agora são mitos?

Mitos mortos não servem para nada.

Maldito Tihago

Maldito Thiago
Just make me feel how I’m dumb
ASShole
Esquecer é o que precisamos.

Apenas esquecer.
Quando a piada vira tragédia?

No fundo não era uma piada. Era real e você ria de uma vida absurda? Sua vida é absurda agora e você é a piada.

Quem será a piada amanhã?


Noites e Noites

11/04/2010

Alexandre Bernardo, Thiago Souza...

sábado, 10 de abril de 2010

Uma Mancha em um Deserto de Lama – IX

01:26h
Listen: O teatro Mágico – O mérito e o Monstro
(tempos sem ouvir TM :P)

Madrugada... Net... Blog...Twitter... e por que não? OLD TIMES!!!

Sim,
E por pensar em old times lembro de certo livro que necessito terminar
(em meio ao caos de estudos e tudo mais...)

Em breve tudo se resolverá
(enquanto alguns buscam atividades para observar outros tentam de tudo para se livrar)

Uma parte a mais de minhas insanidades passadas fingida de presente...

Uma Mancha em um Deserto de Lama – IX

XX

Capítulo 3


Decisões são ilusões


Harmonia

“Condenada harmonia
Mórbido, deprimente e vazio.
Não acredito que tudo irá retornar
Novamente
Uma nova mente
Onde perguntas não são feitas
Elas não nascem de um ser
Não consigo entender a aspiração de muitos
A ignorarem o nascimento das idéias
Você vê tudo que sabe e não entende
A partir de qual momento houve a busca
Ou se ouve ou vê
Para esse conhecimento essa pergunta
Que não deve ter nascido de outro lugar
Vamos reuni-vos estúpidos e pretensiosos
Escondamo-nos atrás de nossos corações
Deixamos uma cruz de metal à frente
Para protegê-lo e não deixá-lo ir além
Vem estúpido vem
Suba no seu ego e
Infle como uma bolha de sangue podre e
EXPLODA
Que pelo menos será notado por alguém. ”“.

É bem verdade que Johann nunca foi reconhecido. Talvez até merecesse talvez não como devesse ou podia ser reconhecido, mas de um modo ou de outro injusto.
O que Johann mais procurava talvez estivesse o tempo inteiro ao seu lado.
Mas esse é justamente os problemas de Johann e de muitos homens cavalos que andam por aí, ressaltando que não é de todo necessária uma metade de um tronco animal e muito pelo, ou até uma crina para ser um homem cavalo. Johann foi um desses.



Olhar para frente.
Unicamente para frente.
Isso não é concentrar todo seu ser em uma única direção nunca foi e nunca será após tudo. Nunca foi questão de forçar-se.
Olhar pra frente é também ignorar possibilidades e até mesmo evitá-las por não se encaixarem perfeitamente em um plano mal bolado por uma mente pouco desenvolvida.
Existe um caminho e eu devo traçá-lo.
Isso é o que guia e motiva grande parte dos perdedores chamados de homens cavalos.
Não que perder venha a ser algo tão ruim assim.
Perder é justamente um termo uma parte de um traçado, e muita vezes, até um caminho necessário, tropeçar naquele local lhe deu tempo de evitar um mal pior.
Sempre pode piorar. E essa é uma verdade universal. Nunca algo é tão imensamente ruim que não possa piorar de forma drástica.
Johann passa mais alguns momentos naquela sala, ele não conseguia mais identificar muito bem quem ficava onde nem os detalhes dos tijolos na parede, tudo parecia mais e mais indo se formar numa massa de concreto ao redor de tudo e agora um pouco sem importância também.
Primeiro sumiu a dor.
Depois ele apagou como se nada mais importasse.
Surgiram alguns flashs antes e logo depois tudo sumiu.
Johann acordou. Sua cabeça talvez nunca tenha doído tanto em toda sua vida. Nem na pior de todas suas ressacas tinha sentido algo assim. Queria com todas as suas forças levantar. Mas ainda não era suficiente e sabia que ainda sim havia muito trabalho a ser feito muitas coisas a procurar, muito a ser realizado.
A prioridade era dada no momento. E a ordem de hoje é “sair daqui agora” não me importa se todos os átomos do meu corpo parecem não responder aos impulsos mandados pelo meu cérebro.
Não importa se terei que atravessar todos em meu caminho.
Isso não é importa.
E por um momento talvez uma estrela tenha brilhado mais forte no céu, mas como um presságio de força, Johann parecia começar a pegar o jeito.
Era desse não se importar que ele estava falando.
Era noite.
Johann olhava pela janela ainda.
Trinta segundos depois se conformou que isso era apenas um meteorito atravessando uma das camadas protetoras da terra.
Não havia mais nada com o que se preocupar novamente.
Não era uma estrela guia.
Frio.
Apenas o frio lhe incomodava mas novamente seria algo que não seria tão difícil de se acostumar. Junho apenas começou e ele não trouxe nenhuma grande novidade nem algo que pudesse acrescentar algo de útil em toda a vida de Johann. Em compensação há uma balança administrando sua vida e talvez as perdas excederam um pouco a mais sua cota desse mês, talvez desse ano. Bem provável que desse século e talvez de uma vez por todas de toda uma vida.


XX


It's the end


Thanks


e desde já


Sempre...


Sempre aqui...

terça-feira, 6 de abril de 2010

Vozes do silêncio

14:10h
Listen: Pearl Jam – Green Disease

Começa Abril!
Abram-se os meses e espero não ser tão demorado em tudo como março...
Praticamente um post por semana :P
Coisa de preguiçoso ... não!
Acontece que o Sr. Chronos volta a mostrar suas garras
E Morpheus não me deixa pensar toda vez que chego cansado em casa...

Não vem ao caso...
Por que dessa vez os escritos da noite
Podem ao menos ser colocados durante o dia
O que me empresta um tempo precioso à noite :P

Indo as palavras...

XX

Vozes do silêncio

Paz sem sono, ouço a voz do silêncio
Branda, precisa, tenta falar-me algo
Ignoro ao pensar em tanto que falta no caminho
É tanto para seguir, é tão longo

Ouvidos prontos para a verdade

Só me diga enquanto eu caminho
Pois segundos na estrada são demais importantes
A tal ponto
Que diante da verdade prefiro caminhar

Só para ser visto no caminho
E entre uma admiração ou outra diga
-ele caminha
Veja sua força, determinação e luta

E de um ar de glória o peito infla

A verdade é dita

Tão glorioso ao andar

Eu nunca ouvi as vozes do silêncio


Alexandre Bernardo

XX

Apenas Breve

Apenas nem tão direto


Sempre Aqui

...