segunda-feira, 30 de agosto de 2010

1 Ano

>>>>1 Ano<<<<<

Mais palavras sendo ditas

Mais momentos divididos

E vemos a divisória?
Vemos a divisão?

Olhamos no horizonte para procurar o fim?

O certo é saber aproveitar ao máximo o momento agora
Poder dizer que vivi tudo na pele
Tudo contigo que eu podia viver

Fim de Ciclos
Não é mais segredo

É uma cadeia terminando para contrariar forças opostas do universo

As coisas podem seguir assim...

Tão...
Tão...

Surreais...

>>>Assim como eu te disse um ano atrás digo hoje: Você parece saída de um sonho...<<<
Do qual eu não quero acordar...

XX


1 ano em um 1º dia

Começou como deveriam começar todas as histórias de amor. Ele não a conhecia. Ela não o conhecia. Ele não tinha chance com ela. Ela nem ao menos o percebia. E mesmo assim se deram ao luxo de umas palavras irem trocar.
Era inicio de curso, não daqueles de verão que rapidamente vem e vão. Curso longo. Três anos. Nem tão longo pensando agora no tempo unicamente como detalhe. Certamente essa palavra foi o que na história fez a diferença. Foi pura questão de detalhes.
Tudo começou como deveria começar toda história de amor. Um olhar. Um pensamento de afeto:
-Putz... Ola só a blusa dessa guria...
A blusa branca escrita “REC” e um círculo redondo e vermelho ao lado, sinal típico de todo aparelho de gravação. E mais pensamentos de puro afeto seguiram:
-Típico estilo de Patty nojenta... Cabelo vermelho para procurar um estilo que certamente não tem...
Como é engraçado o tanto que pensamentos iniciais são facilmente destruídos e motivos de risos ou apenas de um amargo arrependimento. Não. Certamente não é nada engraçado.
E como bem devia ser, todo amor recíproco que nasce, vem com pensamentos de afeto duais.
-Olha só para esse garoto... Cabelo grande... Querendo ser o roqueiro revoltadinho sem causa... Curso de letras onde aparece tanta gente estranha... Não me estranharia também se ele fosse gay...
Será? Realmente algumas idéias mudam depois de certos acontecimentos.
Mesmo assim aquela história parecia algo até divertido de se ver.
Do olhar começaram as primeiras trocas de palavras. Um email escrito pessoalmente. Sentimento? Não... Não... Era só cuidado para não trocar “o’s” por zeros e coisas do tipo.
Um trabalho em grupo. Conversas sem a mínima lógica pela internet. E tudo parecia não passar disso. Pareciam aquele tipo de filme que parece começar num diálogo e terminar no fim de conversa de horas, e no tipo de conversa que você preferia não ter participado. Unicamente por que a maré parece parar. Unicamente por ser imensa a controvérsia em ver a maré parar quando se deseja tão ardentemente navegar.
O vento não vinha.
As águas calmas demais pareciam que nada poderiam ao menos molhar.
Mais um, talvez dois... Aquele modo de olhar... Enfim... Não importava tanto assim de certo. Descoberto foi que outras coisas importavam... E muito importavam. Drummond certa vez disse em um poema que nem sequer lembro o nome de tão famoso que é, e não leia ironia em minha ignorância, disse que havia uma pedra no meio do caminho. Detalhe. Os detalhes são de todo importante. Havia uma pedra no meio do caminho. Certas pedras parecem pedregulhos. Certas pedras parecem que houve um soterramento logo ali... Logo ali... Logo ali por onde queria tanto passar...
O fato foi que ele se encontrou pensando certa vez que certas amizades são difíceis de lidar. Essa seria uma delas? Só o tempo dirá. Conversando com um grande amigo o garoto se via a nela mais e mais falar. Aquela amizade lhe trazia a alegria que há muito e muito tempo não mais procurava e mesmo assim encontrou em outro lugar.
-Você está apaixonado cara...
Não. Não. Ele não queria/podia/conseguia acreditar. Negou e seguiu negando.
-Claro que não... Ela tem namorado... Conversa comigo vez ou outra e nem parece ligar tanto assim não...
E a resposta era clássica:
-Pelo tanto que você fala e fala e mais fala dessa guria não parece que é isso que você quer deixar bem claro não... Desculpa... Sinceridade demais sempre foi a nossa sina.
-Putz... E que sina...
Que sina querer ser sincero e não poder. Que sina é saber que pode, mas não deve. Que sina e saber que deve, mas não se tem noção do resultado. Que sina é saber do resultado. Saber que será desastroso. Pensava então no silêncio. Sempre fora um grande aliado nas horas de maior necessidade. Calar e afastar-se. Otimismo de certo não fazia parte da sina.
Tempos de certa distância. Outras coisas foi-se aventurar a descobrir. Lógico ou ilógico. Foi mais ou menos assim. Histórias pra se querer tudo mudar. Uma chance. Aquele desejo de fazer com que tudo fosse diferente. Sobretudo fazê-la feliz. E por um segundo esse pensamento não lhe pareceu de todo infantil. Queria de certo tê-la ao seu lado. Tentar mudar algumas de suas opiniões. Forjar sorrisos e emoções naquele coração que tanto o atraía. Ela percebeu. O sentimento? Não. A distância. Ela percebeu que ele a evitava.
E entre escritos bobos que ele fazia. Ele ainda dizia sem que ela percebesse: -é um tempo de decisões... Entrelinhas dito: Devo te esquecer? Devo lutar para conseguir o seu amor?
E mesmo parecendo ela não perceber. Ela dizia:
-Tententender eu quero um abrigo e não consigo ser mais direto...
Era tão direto que o sonho nas palavras Gessinger parecia tão perto e longe da verdade. Se é que isso fosse possível dito dessa forma. Ele sabia o quão perto era. Eu? Eu senti mesmo ao lado.
Sentimento é assim e ele aprendeu. A gente tenta afogar, tenta apagar a chama que arde dentro do peito, mas não é nossa escolha acender. E mesmo depois de tentar apagar ele retornou. É sempre assim.
Atenção não se dá. Conquista-se.
Dias depois foi só um recesso e curso voltava. Como parte do rio que segue seu curso as afluentes se reencontraram.
Novas histórias e tantas coisas para se contar. Sendo honesto? Algumas ele nem queria ouvir. Tentou ainda jogar um ciúme aqui um ciúme ali. Só pra ver se ela percebia. Esforço vão. Esforço em vão. Ele se sentou ao seu lado e foi lá ouvir. Uma música aqui, outra ali. Saudade. Um comentário sobre a vida, o universo e tudo mais. Mais sobre isso seria também dito. Saudade. Uma música. Um sorriso. Agora estava mais que evidente. Aquela necessidade de estar perto, aquela alegria que ela inspirava. Não era á toa. Ele estava perdido.
Pensamentos vieram como num dia nublado. Dizer a verdade? Pra que? Só pra assustar... Perder aquilo que ele prezava... Tanto sabia da história dela e tanto queria mudar. Que tipo de destino é esse que sempre me exclui e não pretende me encaixar...
Esse sentimento de exclusão pelo universo é antigo.
Muito antigo.
Certas vezes também foi com ela conversar. Assustá-la? Sim. Acho que foi bem isso que aconteceu.
Falar sobre seus motivos e suas fugas. Isso é motivo para trezentos contos e mil e quatrocentos poemas e nem assim toda a angústia seria liberada.
Entre um momento ébrio e outro ele esquecia. Entre um segundo e outro a sua voz surgia. Entre um sonho e outro ela aparecia. Dizia as palavras que ele queria escutar. Oferecia seu ombro e seu abraço. Era amor. Ele sabia. Ele estava perdido.
Os dias foram passando e ele esperando a maré mudar com os ventos.
Nada mudava.
Doce ilusão.
Ilusão foi que as coisas foram realmente mudando.
As conversas e tudo mais deixavam mais claro o que era entrelinhas dito. A vontade por mudança, esse sentimento que inspira medo e coragem, foi surgindo de pouco em pouco. E ele sabia. E ela sabia.
Depois de dias e conversas aflitas em uma biblioteca. Ela sentiu diferença em seu carinho. Carinho de amigo? Diferente desse eu sinto... De certo pensou... Ou mesmo não. Que fosse. O certo era que ela tinha um olhar diferente pra ele.
Lembra do que disse sobre arrependimento sobre um primeiro pensamento?
Os ventos mudaram.
Arrastaram seus corpos para um mesmo local.
Lua cheia.
Como deveria ser contada toda história de amor.
Adornada de palavras mais belas de certo. Ao menos, me deixe terminar de contar os sentimentos do garoto. E da guria? Ela nem sabia.
Juntos em frente a um prédio todo colorido. Ali bem próximo ao estádio. Ali bem próximo ao curso. Ambos tão distantes de casa. Ambos tão próximos um do outro.
A idéia de parar foi dela. E ele tão bobo nem percebeu.
Frente a ela mais uma das conversas que ele gravou aconteceu.
Uma pergunta:
-Lembra do que te falei sobre definição em uma palavra? Como você me definiria em uma palavra?
E mesmo com medo da reação ele responde:
-Bem... Você entenderia se eu te dissesse que você é... Em uma palavra... Bem... Surreal?
-Como assim?
-Você parece saída de um sonho... Tudo em você tem um toque diferente... Diferente de tudo que eu já encontrei na vida...
Olhou mais uma vez para a lua cheia solta naquele universo de imensidão e a conversa seguiu... Sem ritmo... Sem objetivo... Só para aproximar mais e mais os lábios.
Um beijo.
-Você tem idéia do quanto eu esperei por isso?
Era tudo que ele sempre sonhou.
Será que ela sonhou?
Sonhou?
Tempos depois disse ter sentido aquela sensação... Aquela sensação de borboletas voando suavemente na barriga... Engraçada sensação do que ela talvez viesse a chamar de amor.
Não naquela hora. Talvez tempos depois. Mas na hora exata, ou pouco depois, de certo telefonema em momento inapropriado e em ter que voltar logo pra casa, ele contou. Disse tudo que tinha pra dizer.
Um erro assim tão na cara, sempre tem tudo para dar certo. Como em toda grande história de amor.
Seguimos e depois do desfecho da situação ela pensou. Ele insistiu. Ela pensava. Ele insistia. Ela beijava. Ele beijava. E tudo parecia seguir num caminho tão certo... Tão claro e surreal que por certos momentos tudo, mesmo entre brigas, dores e discussões, parecia dar tão certo. Ele seguia cada pista. A convivência a ajudava. Descobrir aquilo que ele descobriu que não tinha palavras para usar.
Denunciou-se com as pérfidas palavras que ele mesmo tentava em vão manipular.
Conseguiu se fazer entender? Quem sabe ao certo... Só ela pode agora saber... Só ela ao ler as palavras confusas de um garoto perdido no mar esperando alguém chegar... Esperando a praia... Esperando o barco... Esperando o porto que lhe desse abrigo...
Falar sem pensar.
Sentir por sentir.
Amar.
Esse verbo é o que vale a pena ser conjugado de todas as formas nas grandes histórias de amor.
Agora, essa foi a história de um início. Ele sabe que fará tudo ao seu alcance para continuar. Você sabe a continuação... É óbvia com toda história de amor.
Um detalhe.
O mais importante como eu já disse são os detalhes.
Acontece que nós sempre insistimos em mudar.
Acontece que nós continuaremos do nosso modo... Aquele que só quem sabe somos eu e você... Afinal...
Somos nós que escrevemos essa história de amor.

Alexandre Bernardo
30/08

AmoT Vanessa <3

XX


Nunca se acaba aquilo que não tem fim

Sempre e sempre aqui

A. B.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Palmeiras 96 Anos





Palmeiras, Minha Eterna Paixão

Eu canto por ti e esbravejo
Eu reclamo, falo mal por ter receio
Eu comemoro fico alegre, triste e choro
Por você dedico hino, honrarias e declamações
Por você eu luto, sangro e não aceito o não
Posso estar sendo piegas
Mas com raça, suor na camisa e beijando o brasão

O nosso amor não tem limite, não tem distância

Em nosso peito bate um só coração
Metade dele é branca
A outra metade é verde
E de alviverde eu posso colorir a imensidão

Todo o universo
Além do que enxerga meu coração

E essa paixão nunca pode ser calada
Pois mesmo depois de minha vida ser passada
Minha alma será lembrada dentro do canto de uma nação:
Ele é o campeão dos campeões Verdão querido!
E uma vez mais gritarei:
Palmeiras!
E em uníssono com meus irmãos gritarei:
Palmeiras!
E enquanto tiver voz e meu coração bater, gritarei:
Palmeiras!

Sou da Torcida que canta e vibra
Tenho a raça e a garra que me anima
E cantarei por todo meu viver
Eu sou Palmeiras até morrer!

Palmeiras
96 anos de história
96 anos de glória


Alexandre Bernardo


XX


Sempre Alviverde


Sempre Aqui

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Eu lutei contra uma folha em branco






XX


Eu lutei contra uma folha em branco

Eu lutei contra uma folha em branco
Eu que a venerava quando escrita
Eu que vislumbrava as tortas letras quase listras
Eu que a odiava a assim refletir o nada

Eu lutei contra uma folha em branco
Pois não suportava mais a idéia
Eu que me julgava pensar com modernidade
Não agüentava não ter palavras para vencê-la

Por momentos mais tristes eu pensei
Não tenho mais palavras de pedra para lançar
Não sei mais uma explosão no papel causar
Nem sei mais jorrar como sangue escrever

Eu lutei contra uma folha em branco
Nos confins da mentia sentia
O instinto que sente o assassino frente a presa
Nesse sentimento a gente confia

Larguei de mão toda a preocupação
Com o que seria?
Quem leria?
O que diria?

Rabisquei tolas palavras de amor
Ofendi velhos inimigos
Meu passado exaltei
Contei, só um pouco não muito,
De toda a minha dor

Agora frente a mim
Folha ridícula
Não mais em branco
É lançada na minha gaveta desse armário velho
...

E de que adianta?

Se certamente ela será esquecida?
...




Alexandre Bernardo



XX


E ainda luto...


Desde sempre

Sempre Aqui



A.B.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Vazio







Sala Vazia

Uma sala vazia
É só mais uma sala vazia
Não dá vontade de chorar e nem de rir
Pois ficar ou partir tanto faz
A sala vazia é pura ausência
Completamente sem essência
Ela é privação de vida e companhia
A sala vazia
Nem pensamentos vagam por ela
Nem o mais estúpido
Nem o mais brilhante pensamento
Não há brilho
Não há luz
Não restou nada no mundo
Além dessa sala vazia
Ela agora é minha casa
Sento no chão de um dos cantos
Vejo as paredes como parte do que me fecha
Minha sala, meu templo
Minha morada sem portas ou janelas
Vivo preso em minha sala vazia
Não restou alimento
Água tampouco
Tão pouco mesmo restou de mim
A decadência, a fome e o desespero
Surgem contentes em suas formas tão vivas
Vivas?
Alucinação?
Quem sabe se nem sei?
Passeio com a morte de mãos dadas
Quase a beijei
Uma noite de longo verão
Joguei cartas com a angústia
Não me dei ao luxo de trapacear
Deitei ao lado da solidão
E essa sim foi uma longa noite de verão
Todos habitam minha morada
E já não me sinto tão só

Na minha sala vazia...



Alexandre Bernardo




XX


Sempre...


Onde?


A.B.