sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Mata-me e mato


Mata-me e mato

Com a bela exceção
De a vida ser só isso que é e nada mais
Eu começo meu divagar nos oceanos de pesares
Meu viajar é ébrio, confuso e sem um porto seguro, cais
É enganação

Meus momentos são só tremendas justificativas sem fim
Foi só por isso, aquilo ou nada disso
E por tanto dizer, também me perco no meio do negro marfim
Pra que tantas palavras se nem dos universos paralelos preciso?

Todo o meu tempo é perdido
Esse também
Meus universos
Nada disso tem sentido

Não me sinto mais eu
Pela falta de você, fato
Pelo meu tempo não superado sem você
É só esse breu

Mato
Mata-me
Mato-me
Sou meio eu, meia natureza e meio mato

Nunca um

Alexandre Bernardo