Uma homenagem à beleza da contradição.
XX
Dionísio vs. Apolo
Uma tarde por um conto
E em dias não aumenta um ponto
Não uso vírgulas, não somo palavras
Sumiu também o que eu tinha para acrescentar?
Não me vejo no direito
Ou mesmo no dever de nas palavras trabalhar
Falsidade do poeta
Que leva o dia
Para uma só frase montar
Formada a essência por inspiração
O expirar é o trabalhar do poeta
É em cada palavra seu sentido desvendar
Expio os pecados de Dionísio
Por agora em Apolo
Tentar me tornar
Canso fácil
Dionísio surge
E o verso do ébrio
É mais difícil de decifrar
A boca da mentira
Saída da boca do poeta
É a palavra a desvelar
O mundo todo banhado
No vinho e no sangue de Dionísio
O mesmo que deixo minhas vestes manchar
Suja a escrita
Suja a palavra
É sujo então o poema
E mais profundamente
Imunda é a alma do poeta
Alexandre Bernardo
XX
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A cigana de fogo (Ato 1)
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1813
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Há 4 anos
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