segunda-feira, 11 de março de 2013

Não é o mesmo jogo

Não é o mesmo jogo

Ah! Toma tuas palavras de fingida solidão
Sou eu que não quero te ouvir
Bater na porta, sorrir baixinho, chegar

E se do mais ficar somente poesia
Que seja pura de falso sentir
Aquele descarado, desmedido, anjo reverso

Não é o mesmo jogo
E eu ainda quero jogar
Não é o mesmo jogo
E meu azar me deixa errar

Ah! É meu enfeite descolorido
Carnaval fora de época, hora marcada e lugar
Que deixa esse cheiro de ilusão no ar
E mesmo sentindo outro mal entendido

Sinto-me pronto a nada abandonar
Nem esse ar cansado
É o mesmo batido no peito
Na rima
Fruto do coração

Alexandre Bernardo

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