Não sou Cássius, tampouco Brutus
Não sou Cássius, tampouco Brutus
Não matei Júlio César
Não fui tratado como filho e não mereço esse queimar de brasas
Não sou Abraão, tampouco Judas
Não levei meu único filho ao sacrifício pra provar meu valor, mas entenda
Também não vendi ninguém a moedas de prata
Não mereço esse fogo em minha praça
Não sou vendedor de escravos, tampouco revolucionário libertário
Não tive vontade e nem teria coragem para desprezar meus irmãos
Também não matei pela causa, mas entenda
Não é justo queimar por minhas palavras
Não sou infanticida, parricida ou homicida
Também não sou exemplo de bom moço toda vida
Mas dos erros que cometo, todos vanglorio, não abro mão
Essas desculpas ao vento jogadas, não são só palavras
É meu sentimento dizendo baixinho como um trovão:
- Sai dessa, meu caro, o que temos na vida
É mesmo pra valer o esforço vivido, a palavra sentida
O mal entendido esquecido, conforto e perdão
Alexandre Bernardo
A cigana de fogo (Ato 1)
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1813
Europa ocidental
Voltava pra casa após mais um dia de trabalho nada incomum
Distante eu vi uma fogueira
Um povo estranho em volta dela dançando e can...
Há 4 anos
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