terça-feira, 8 de novembro de 2011

Danação ou Teus lindos odiosos atos

Da série: escritas antigas que ainda fazem sentido

XX

Danação ou Teus lindos odiosos atos

Afasta-te
Não te quero mais aqui
Não sei o motivo
Não sei o que me leva a fugir
Mistura todo o entulho e Confunde mentira às verdades
Xinga e ofende o alimento
Mata o que não tem direito
Destrói o que não te pertence
E assim nasceu a figura que formei de ti
Velocidade nas asas
Sem por um momento olhar pra trás
E o que podia ver?
Famosas estátuas de sal, fantásticas fantasias!
Pára a leitura ou o ódio te faz continuar?
Mostre então tua face
Desagregue povos
Deixa teu filho em prantos morrer
Minta à vontade
Influencie a agressão
Desperdice o máximo de sangue que puder
Não durma
Estenda sua danação
Chame-me por profeta, irmão
Engrandeça a vantagem de ter grades
Tão mais belo dentro do terno roubado
Esqueça
Tudo o que é importante
Não importa
A sequência ou o verso correto
Não interessa
Eu cansei e covardemente fugi
Corri feito animal selvagem quando perde o medo
Pois até mesmo a danação e o sofrimento misturado ao ódio
São por vezes tediosos

Alexandre Bernardo

XX

A. B.


Segue a depressão pós-PJ...

Saudade de permanecer em um momento... Diversos e distintos até.


Sempre aqui?
Nunca quando é preciso.

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