sexta-feira, 30 de julho de 2010

11

00:00h
Listen: Engenheiros do Hawaii – Eu ligo pra você (8)
“Eu ligo a TV, Desligo a TV e ligo pra você
Eu digo que consigo, mas não consigo te esquecer”
“Eu preciso te ver
Eu preciso do teu sorriso
Você sabe que eu preciso te ver”
Finda o ciclo
E permanece tão
Óbvio
Tão Claro
Tua ausência escurece os dias
E tua presença é minha luz

<3

XX


11

XI, ια', ԺԱ, 十一


Luz e Escuridão

É a junção das cores
É o preto e branco paradoxal
Há angústia em amar?

Clara a ausência, segue calma
Como poderia ver algo claro na escuridão
A falta é evidente, também o desejo
Tudo que surge no olhar é ensejo

Duvidei e hesitei por um segundo
Tão certo era me lançar
E segui no dia por duvidar
Quem sabe da ideias
Saberá também das respostas?

Só permanecer e esperar
A sua paz me afetar
Sozinho quando você me disse
As palavras que faziam desses cantos
Esquisitos da cidade um lugar
Tão perfeito para se sonhar

O que já foi e permaneceu outrora
Eu não podia acreditar
E o surreal mostrou que fora
De toda fantasia, o coração podia quebrar

Permanecer jovem nem ver onde terminaria
Só para segurar sempre firme sua mão
Medo de perder eu não chamaria
Cansei de sonhar os lábios dizendo não

Pronto para mais uma vez começar
O sangue no peito bater por você
Esse tremer bobo ainda sabe ter
Lugar para ter, esqueço, quero te amar

Palavras vagas
E mais exato é o que sinto cá dentro
E nem quero as rimas, nem junções nem nada
Em versos ‘inda fala o coração dentro de peito

Importante

Não sei do que digo
Enxergo o que sinto

Unicamente ser teu e ver nossa vida passar


Alexandre Bernardo


XX

E que nunca passe

Que todo momento possa ser eterno

11 <3 E Vanessa,
Eu só te Amo mais e mais
Sempre Aqui

Sempre sonhando contigo

Sempre esperando te encontrar depois de dormir

quinta-feira, 22 de julho de 2010

O Cheiro Dela se Perdeu...

11:02h
Listen: Arcade Fire – The Suburbs (Vício!!!)

Enfim
Another Day
Pesquisa na Fipe e já confundo os idiomas na minha cabeça também

Tentando ser breve
Já que o post é longo
Devido ao conto só para quebrar a rotina de poesias

Sem comentários sobre o texto
(Já me disseram que eu comento e concluo meus próprios post’s :P)

Então
Que não seja uma introdução

Mas trata-se só de uma história
De amor ou não
É só uma história
...

XX


O Cheiro Dela se Perdeu...


O cheiro dela se perdeu...

Todos os dias sempre começam com a mesma ladainha. Definitivamente não era um dia qualquer. Na verdade ele bem sabia que nenhum era. Ele lembrou-se cedo de uma cena esquisita e inútil que marcara sua vida. Ela se parecia com todas as outras. Deitado abaixo de uma árvore mais antiga talvez que o colégio onde se encontrava ele conversava com uma garota.
Óbvio que não se tratava de uma garota qualquer. Cada uma delas possui o brilho de um novo dia e nenhum dia é um qualquer. Antes de dizer uma palavra ele olhava no relógio. O horário não importava. Relógios só servem para nos limitar do que realmente interessa. Privar-nos de permanecer o tempo que queremos. Nenhum horário naquele momento importava, mas era manhã. O som escondendo-se atrás da construção velha do colégio. Ele disse:
-Nunca me esquecerei do seu rosto...
Promessas e mais promessas de um garoto infantil. Nem ela mais acreditava em todas as promessas. Ele pouco se lembrava do que ela tinha dito sobre juventude, mas com certeza era algo que incluía cerveja e um acidente de moto. Enfim, o típico do que um jovem descreveria como diversão.
Agora se lembrando da cena. Ela possui um cheiro. Não. Não é a garota que possui um cheiro. É a cena. Ela faz com que ele se lembre de uma música de uma cantora de voz fina que ele nem gostava, mas que ao ouvir lembrava-se do dia. Lembrava da promessa. Lembrava do fingimento sincero. Ele sentia tudo voltar em seu peito. Mais e mais uma vez. Aquele cheiro forte de sentimento. De juventude. De passado.
Lembrou também que sentado na cama lembrando era puro desperdício de tempo. Deu-se conta que estava mais uma vez atrasado. Coisas que importam, coisas que importam. Pensava ele enquanto engolia a seco os pães do café, sem café. Dinheiro e dinheiro. Ele tinha ouvido ou inventado que um grande amigo de alguém que ele nunca chegou a conhecer realmente, mas limitava seus pensamentos como se fossem seus disse: sempre se trata de dinheiro. Esse amigo se afastara do outro. E ele ainda tentava entender o porquê e repetia entender por que saber ele bem sabia. Embora isso não lhe trouxesse o dinheiro que importava, ele pensou nisso durante todo o caminho. Ônibus lotado e coisas comuns. Dias comuns com seus flashes especiais. Um acidente que todos se levantam correndo para olhar. Ele permanece sentado. Existiram vários outros momentos únicos no decorrer do dia que lhe serão bem mais úteis.
Não estava muito certo de seu último pensamento.
Trabalho e mais trabalho. Preenche planilha. Liga para o responsável. Responde emails. Diz a alguém que não pode ser seu amigo. Diz a outro que precisa de mais café. Diz a outro que talvez prefira chá. Liga e cancela. O sono é forte demais para um único chá. Traga café. Telefone tocando. Chefe pedindo agilidade. Agilidade. Companheiro de trabalho gritando. Segue o dia com suas particularidades especiais. Está um dia maravilhoso. Ele percebe algo no intervalo de algumas ligações. Esse dia. Têm um cheiro. Aquele cheiro diferente do que ele sentiu anteriormente, logo pela manhã ao despertar.
Só de lembrar ele percebia que não era o cheiro de lembrar. Esquisito esse ser de diferente forma. Agora ele só queria emergir naquilo. E quão melhor era o cheiro daquele momento. Quando foi que ele não percebeu a mudança que acontecia?
Aquele odor...
Quão estranho era perceber que naquele momento que um cheiro era melhor que outro... Que o cheiro do trabalho não lhe agradava tanto quanto o de antes.
Você pode conseguir tudo o que quiser...
Estava escrito em um cartaz na volta pra casa. Que atividade gratificante! Voltar para casa sentado no banco no mesmo lado da janela de um ônibus lotado. Ver como as coisas passam rápido. Ver o sofrimento estampado na cara de semelhantes esgotados pensando em voltar logo para casa. É. Realmente esse marketing furado de pensamento em conjunto funciona. Acho que todos conseguirão voltar para casa.
Ele não estava muito certo sobre o último pensamento.
Continuava lendo os anúncios de publicidade. Emagreça. Ganhe dinheiro. Jogue suas cinzas em um cartão postal. Seja um cidadão modelo. Enfim, isso não lhe parecia tão único de toda forma.
O sol já tinha se posto.
Ele ainda pensava que tinha vendido mais um pôr do sol.
Casa. Finalmente em casa e pensava. Momentos de odor. Odor de momentos. A fragrância de cada dia o atraía. Ele tentava aos poucos sentir cada um dos dias. Sentou-se no sofá de sua casa e sozinho não ligou a TV. Fechou os olhos e pôs-se a recordar. Cada dia de sua vida. Cada momento. Cada gesto irresponsável. Cada decisão que fez toda diferença. Rejeitar essa ou aquela oferta. Dormir com essa ou aquela garota. Decidir seu sexo, seu nome, seu emblema, seu clã e sua religião. Tudo que no momento exato parecia nem importar.
Tudo tinha um nítido cheiro.
Alguns momentos doces. Agridoces. Outros amargos... Outros únicos.
Lembrou-se do cheiro que mais gostava para dele relembrar um momento.
Cheiro de terra molhada. Cheiro de pós-chuva. Ou mesmo o cheiro da chuva em si. Cheiro de molhado. De um dia único e molhado. Cenas sem sentido, importantes ou não dançavam por toda a sala. Sem querer fazer sentido. Só zombavam do gesto.
Até um se fixar.
Claro e molhado.
Um beijo na chuva.
Outro tombo na chuva.
Momentos molhados e aquela alegria banhada em lágrimas e suor.
E sem por que exato cheirava ainda mais forte a traição.
Sim, aquela garota não era a primeira da árvore na escola. Era outra que partiu seu coração. Mais uma tola e estúpida história de amor que acabara mal para a parte ainda mais estúpida da história. Entenda “Ele” por essa parte.
Lembrou de um momento que ainda como o cheiro do frio que vinha logo depois do molhado. Um dia que pegou uma blusa de frio em certo dia. Ela nem se lembrava. Ele cheirava a blusa. Entre lágrimas ele dizia seu nome. E aquele cheiro ficou. Aquele cheiro era o mesmo cheiro que vinha quando se lembrava da cicatriz em seu peito. Todos os homens, meninos e garotos, nem que seja de leve, mostram as cicatrizes de suas batalhas.
Esse cheiro. Ele queria reviver esse cheiro.
Levantou-se e meio que correndo tropeçando ao caminho do guarda roupa arrancou tudo que via no caminho com certa violência juvenil. Largou fora todas suas roupas. Junto dela lembrava cada promessa fingida. Largou fora todas as suas roupas. Junto dela largava cada sonho destruído. Nada encontrou nos armários e tirou a própria do corpo. E junto dela sua defesa e suas armas. Agora nu e indefeso no chão. Ele olhava embaixo de um móvel antigo. Madeira nobre. Uma blusa de frio.
Era ela. Encontrava. Pegou e juntou próximo ao seu peito. Cheirou forte. Era o cheiro da decepção. Não tinha mais nenhum significado.
O cheiro dela... Perdeu-se...
Talvez ela nunca saiba...
Alguém batia de leve na porta da casa. Ele sabia quem era.
Atendeu e disse que já estava esperando por ela. Ela entrou e mais uma vez reclamou de toda a sua bagunça e desorganização. Ele deu os ombros. Abraçou-a e aplicou um beijo forte, para só então sentir o cheiro em seu pescoço antes de um beijo leve que no seu pensamento era acompanhado por um dizer ininterrupto:
-Esse... É esse... Esse é o cheiro de verdade! O cheiro que eu sempre quis sentir!
Transmutação... Talvez... Acontece que o cheiro dela se perdeu... Mas de outra forma eu ainda o sinto... Aquele cheiro de um novo dia... Cheiro de um brilho novo... Um cheiro que tanto pode emanar de homens quanto de mulheres... Ao seu amante só fica claro o cheiro de paixão.


Alexandre Bernardo

XX

Sempre e sempre aqui


A. B.

domingo, 18 de julho de 2010

Da Glória

19:27h
Listen: Arcade Fire – The suburbs

XX

Bem,
Mais uma vez após certos dias para se lembrar
Segue a escrita para raros
Segue o fato de ser espécie rara
Estamos todos em extinção

Contemos o tempo até o final

Contemplemos o fato da glória
Existir em cada um de nós

XX

Se você não enxergar você nunca verá o que realmente é

XX

Da Glória


Que minha glória seja como o brilho do sol
Ao bater no mar sem fim
Luz forte
Ofuscante
Olhos fechados pelo brilho
Admiração e medo
Cegueira e devoção

Mas que enfim

Em glória,
Ninguém possa distinguir o que fui
Do que sou
Ou o que vou ser...


Alexandre Bernardo

XX

Curto.

Como um brilho que era para ser...

Mas já foi...


Sempre e sempre aqui


A. B.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Uma Mancha em um Deserto de Lama XI

22:23h Listen: Jogo do Palmeiras x Santos :P



E segue mais uma parte do Book nunca continuado :P
Veremos se surge o tempo e inspiração necessária nesse recesso


Enquanto isso...
Mais uma parte...


Uma Mancha em um Deserto de Lama




XX



Capítulo 4

Entre medos e angústias eu enxergo você

Pois nunca entendi por que da vida tão pouco se leva
Por que para entender o que não faz sentido tanto tempo se gasta
Por que para comprovar algo duvidoso tão pouco tempo se dispõe
Pois ignorávamos o que havia de belo para viver em prol do não eterno

Eu quero a beleza da contradição
Quer tocar de volta na sua mão e perguntar se deseja
Por mais uma vez comigo passar para ver o sol nascer
E no fim do dia morrer só uma vez mais
Para que de toda diversão que possuo
E entre tantos medos que tenho
Eu veja você

Quero me perder uma vez mais entre teus cílios
E dizer que mesmo perto tu não me vês
Quero me esconder debaixo de tua unha
E me sentir como lixo, dejeto, mas sempre preso em ti

Por que por tão pouco tempo te analisaram
Pois tão pouco tempo tenho para entender-te
Por que se vejo nossa a vida como a moral do senhor escravo
Quero de fora a quimera metafísica que inventou o amor

Mas entre tanto medo e angústia eu enxergo você
E toda a tristeza que antes me deixava ali, sozinho e absorto
Agora era também parte de mim e natural como coisa em si
E talvez também fosse parte de ti
E mais minha alegria crescia por ver que parte de mim estava em ti
Nós éramos um



E foi o que fez.
E sem dúvida era o melhor horário de fazê-lo. Partir em 90% dos casos pode ser encarado e visto como algo necessário. Chegar sempre é novidade e brevidade mas o partir é o único que deixa marcas e mostra o que realmente sentimentos e pensamos um dia todos deveriam parir, e talvez o façam apenas para ver o quão divertido o deixar pode ser.
Johann conhecia diversas pessoas que tinha partido. Nem todas elas por pura questão opção.
E Johann entendia de deixar, deixar tudo pra trás, abandonar e fugir. Primeiro pegou as toalhas e dirigiu-se ao banheiro ainda acompanhado pelos dois senhores que pararam na porta esperando o que fosse que faria. Ele entra e passa água em suas feridas e novamente sente tragado pelo sofrimento e ébrio por pensamento.
- Isso dói... Isso machuca... Mas o que eu farei... Será muito pior... Nenhum sentimento desses poderá ser equivalente... Nenhum.
Johann sentia-se convicto e este era o primeiro passo para sua cura e libertação. Ás vezes o preço que se paga por atitudes é alto demais, mas nem sempre. Mas ele dever ser pago.
Johann seguiu e depois de algum tempo sentado no sofá e sentido sono, fome e muito cansaço foi liberado e andou como na oitava milha em direção a porta de metal que um dos senhores gentilmente lhe abriu e proferiu palavras de incentivo tais como:
- Suma daqui seu verme antes que eu arranque esses seus olhos de derrotado
E Johann sentia-se emocionado como as pessoas podem ser tão gentis às vezes.
O plano dos policiais era estupidamente simples. Assim como estúpido era quem o sugeriu. Se ele realmente tivesse matado a própria esposa como era de se supor, uma hora ou outra tentaria fugir. E como não tinha Inteligência suficiente para fazer isso de maneira não visível, ocasionalmente seria pego. Simples assim. Estupidamente simples.
A luz ardia frente a seus olhos e por um momento viu o verde do lado de fora. Mas foi habilmente escondido pela frota de ônibus que atravessavam a rodovia naquele exato momento. Desceu de forma extremamente cuidadosa cinco degraus que levavam a aquela porta e chegando ao ultimo degrau não resistiu e perdeu o equilíbrio e meio que correndo e caindo bateu no mastro da bandeira colocado ao lado da escada. Ao bater no ferro quente ao meio dia segurou-se e firmou-se mesmo com o calor da pele que ardia. Olhou pra cima e viu a bandeira, chega reluzia de bela e o vento que nela soprava passou por Johann por um momento e lhe trouxe até mesmo certo momento de calma, mas foi apenas um momento e nada, além disso. E por diversos outros momentos ele sabia disso.


Alexandre Bernardo

XX



Sempre e Sempre aqui

Sigamos!


A. B.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

O Teatro mágico: “Segundo Ato”


O Teatro mágico: Lançamento do DVD: “Segundo Ato”



Chega a hora do tão esperado lançamento do segundo DVD do Teatro Mágico.
A busca de juntar tudo o que é bom numa coisa só continua com a brincadeira proposta pela trupe do Teatro mágico: Pensar. Atividade tão inconstante e aparentemente dolorosa pelo número de pessoas que a evitam.

Acontece que a união dos raros continua a todo vapor e tomando proporções cada vez maiores e mostrando que a tendência é pura e somente a expansão. Teatro mágico é expansão dos pensamentos na troca de informações, no diálogo com as músicas e na proximidade que a poesia das letras da trupe apresenta a cada novo cd, DVD ou mesmo apresentação.

Para provar o que é dito basta observar os shows aqui em Brasília, bem perto. Sempre cheios e com recordes de público como na Feira Brasil Rural, organizada pelo Ministério do Movimento Agrário (MDA) em que entre 15.000 apareceram tantos rostos já vistos em outros shows. Por que o Teatro mágico consegue inspirar um sentimento de realmente querer aquilo todo dia. O tipo de show que você nunca se cansa e nem mesmo por um segundo quer que termine. A trilha sonora que você adota nos momentos marcantes de sua vida em que bate a vontade de dizer: ”só enquanto eu respirar vou me lembrar de você”.

Assim o discurso e a mensagem do TM chegam a cada ouvinte com a estranha pureza de um pensamento que mais parece fragmentado de cada um dos raros que se empenharam para desenvolvê-lo. Deixando claro que o objetivo é justamente o diálogo com o maior número possível de expectadores. O TM defende o fato de que a música é livre. A poesia do TM é disponível para quem quer que se interesse. Simples assim. Suba na pedra mais alta e reproduza o som, cante alto, tudo Creative Commons, recomende o download e conheça a mágica por trás da proposta de uma banda que mistura o circo à música, crítica e poesia de maneira magistral.
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O Teatro Mágico: Segundo DVD: “Segundo Ato”. Shows de lançamento em São Paulo e no Rio de Janeiro o que não impede a compra pelo próprio site da banda:

http://oteatromagico.mus.br/

Viva a música livre.
Incentive o pensamento livre.
Vida eterna a Cultura brasileira.

E lembre-se:
“Sonhar é acordar-se para dentro”

Acorde o personagem que vale a pena dentro de você.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

07 do 07

12:14h
Listen: Blonde Redhead – The Dress



XX

07 do 07


...


Datas com tantos sete e por gostar tanto de 7 tinha que ser assim

Existem coisas que você simplesmente sabe que vai acontecer

Eu não me lembro do 07 do 07 de 2007.

Muito menos posso me lembrar de 97.

Nem vivo estava antes de 87.

Ou estava?

Tem coisas que a gente esquece por preferir não lembrar

Às vezes por que no fundo, no fundo a gente só queria ser lembrado

Um mundo, uma multidão? Eu não

Uma pessoa por todos os momentos que me fizessem satisfazer

Teríamos um diálogo, poderíamos conversar

Mas...
Não...

Hoje é um dos sete traduzidos com silêncio

E eu sabia

Eu sabia que existiria silêncio

E por cada minuto que passava eu não quis acreditar

Do que importa provar as coisas?

O poeta dizia não precisar provar nada pra ninguém

Eu provo do gosto amargo do meu veneno

Eu me provo e provo pra mim que eu não sabia

E desde quando vale provar o não-provar?

Nem sei mais...

Não faz tanto sentido quanto na noite passada

Não faz tanto sentido quanto no século passado

Na verdade, na verdade

Nunca fará

Sou orgulhoso demais pra aceitar uma prova

Faço tantas e distribuo minha perversidade

Nem é assim

É puro exagero

Na verdade, na verdade

O sete do silêncio ou da perfeição

É o mesmo sete das minhas inúteis preocupações

É o mesmo sete do meu ser

Cada parte, cada detalhe e cada mentira


XX


Não.

Não era pra ninguém entender.




Sempre aqui.


A.B.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

10 ------

Listen and Watching: Pearl Jam – House of Blues (Show magnífico +__+)
(que me lembra que hoje é um dia magnífico não?)

Enfim

Depois de um longo e cansativo dia
Depois de uma noite de organização na imensa bagunça das gavetas
...
Sei lá...
Bate um q de saudade
E quando o Eddie diz: “How quick the Sun can drop away?” eu me pergunto a mesma coisa… Sem toda a história de tudo sendo “washed in Black”
Da mesma forma que tem dias que o sol demora tanto
E demora tanto
Pra se pôr

Hoje eu quero relembrar

Um ciclo se fecha

De muitos
E muitos
(E mais ainda)
:P
Que virão

Saiba
Mesmo distante
Mesmo sem se ver

Você está sempre aqui

XX

Meu Anjo veio a mim

Não procurava
Nem no fundo dos olhos de meu Anjo eu podia olhar
Medo de me perder
Ou medo de me lançar

As feridas da queda ainda sentia

Anjo caído
Caindo eu conheço o conceito de Fall
Despencar e sentir não sentir mais o corpo
E tudo por que senti demais
E tudo por um momento

Caí pra sentir-me mais perto do meu Anjo

Chama pra perto

Se necessário fosse tudo largar
Por um segundo teu valeria
Qualquer acordo mortal ou sobrenatural
Para permanecer contigo nesse andar

Brando ato
Fogo fátuo
Sua leveza
Seu movimento

Meu anjo veio a mim

E como por esse momento eu esperei
E quantos universos atravessei
E por quantos perigos morri
Só pra te encontrar nesse momento

E foi tudo o que eu quis
Pena que nunca será
Ou será sorte
Nunca poder me contentar

És tu que me inspira
Inspira e respira dentro de mim
E no meu sonho real
Faz-me levitar

Minha Deusa veio a mim

Imperiosa e provocante
Teu cheiro
Teu olhar
E no teu suor eu navego
Vi o mar de onde eu nunca quero me distanciar
Vi o inebriar em outro formato
Vi essa tua forma de Anjo Deusa Mulher
Vi o fogo do desejo que inspira meu prazer
Queimar-me


E de desejo nesse mar
Afogo-me

Com sorriso no rosto Sem arrependimento

Ah se tu viste

Ah se tu soubesses

Que frente a ti

Inexistentes são palavras

Diferentes desse eterno me apaixonar

Alexandre Bernardo

XX

E eu estou sempre aqui

Sempre cá e lá, oscilante

Sempre contigo

...