quinta-feira, 30 de maio de 2013

O frio

O frio

É o gélido estado que estou que me engana
Desci o rio congelado, descalço e pisando em falso
Medo de cair no gelo e não tentar mais lutar
Toda minha vida eu pensei ser um viajante glacial

Congelado tinha finalmente os olhos azuis
Foi exigência minha e da sociedade do Texas
Loucura era meu olhar parecer tanto com o mesmo de sempre
Perdido e isolado. Sem alma, sem lar, sem par.

Meus passos deixavam pedacinhos de gelo no caminho
Ele parecia mais amigável como um pequeno sorvete
Daqueles divididos em frente à roda gigante
Ela tinha um ursinho polar em suas mãos

Ela me conhece. Vê-me sorrindo e lê minha mente
Eu queria mesmo era um café com cubinhos de gelo
Mas é pura mentira que criei para deixar o tempo passar

Às vezes eu olhava pra trás e pensava no que podia viver
Hoje, congelado, eu espero minha tão amada ciência descongelar
Espero uma nova época em que novos sentimentos deixe crescer
Carros voarão, acidentes mais incríveis, não mais solidão, tanto amar

Ela segura minhas mãos que acabei de tirar do casaco
Ainda tão geladas como sempre foi meu coração
Meu sorriso de resposta é frio
Frio

Alexandre Bernardo

2 comentários:

  1. Alexandre me passa o seu endereço de e-mail, não consegui encontrar. É só deixar por aqui uma hora eu passo aqui e pego.

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