Ódio da não razão
Não precisava nem de motivos. Não gosto mesmo de ninguém
Odiar é meu esporte e me convém. Afinal, cabe em toda hora e todo lugar
Agora, pensei que seria diferente ter teu pensamento a retornar
Bater na porta e deixá-la ao chão para divertir a estadia
Diga se desse e de outros modos não é que construímos emoção?
Mas são tantas palavras soltas à não razão
Ela cata uma a uma
Recorta excesso ao redor
Assopra
E como passarinhos voam
Perdem-se no ar
E no chão as brasas caem e ao fundo meu sorriso é colorido amarelo-fumaça
Odeio-os
Queimo
Odeio
Sou chama só por odiar o ódio de minha não razão
Pensava um dia ser diferente de tão diferente
Ver e ignorar como todo o pensado e sentido até uma semana atrás
Mas o pensamento é fraco e se infla com as mordidas das abelhas brilhantes
Sobre as feridas vermelhas dançam e o ódio cresce em mim
Era tão ridiculamente o esperado
Que buscar o ódio é ainda mais infantil
Ele nasce da idiotice não combatida no pensamento
Não eliminou a não razão, lições apreendidas de razões
A. B.
A cigana de fogo (Ato 1)
-
1813
Europa ocidental
Voltava pra casa após mais um dia de trabalho nada incomum
Distante eu vi uma fogueira
Um povo estranho em volta dela dançando e can...
Há 4 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário