2 Fundo Riacho
Listen: Alice In Chains – I can’t have you blues
Para iniciar uso sempre as mesmas palavras, até que posso dizer que mudo (mesmo ao dizer sem som ou fraco quase mudo) a disposição das palavras, mas elas são sempre as mesmas que surgem naquela velha tentativa de explicar exatamente o que eu nunca consigo ser preciso o suficiente, mas que nem por esse motivo ou qualquer outro pode me motivar a desistir de falar.
Hoje seria a mesma palavra: Ciclos
Que também poderia chamar marcação de períodos, sucessão de meses, revolução de novo tempo e também não chamar de nada disso e nem mesmo me lembrar.
Mas dessa forma eu encaro seriamente.
Era um tempo que nem sabia se chegaria, mas que mesmo assim inunda minha alma de pura e plena satisfação por assistir chegar e que ao assistir passar desejo uma vez mais que se multiplique em números e graus eternos e infinitos até onde nunca gênio ou máquina nenhuma pôde contar.
Como me definir agora?
Com palavras usurpadas de outro poeta
- E eu que era triste, descrente deste mundo,
Ao encontrar você eu conheci o que é felicidade, meu amor -
Assim usurpo as palavras de Tom Jobim e de um momento que pretendo marcar
E na espera de ti eu disse:
XX
Ela é sempre como nenhuma outra
Perto do entardecer as coisas vão ficando mais claras
Mesclam-se e perdem-se umas nas outras
Ela vinha e voava e batia suas asas
Era a liberdade expressa que surgia logo atrás
Ela é sempre como nenhuma outra
Asas de borboleta e o seu suave planar
Diziam-me que não era mais preciso fugir
O sol brilhava mais forte, eu quase podia me enxergar
Começar de novo, e ir além disso e sentir
Ela é sempre como nenhuma outra
Mas pense bem na possibilidade de pousar
Era divertido passar a tarde e todo o tempo a observar
Mas pense que o sol ficava cada vez mais forte
Era o medo convertido em vontade de ficar e aproveitar a sorte
Ela é sempre como nenhuma outra
Não era mais a lua bela e nada se equipara
Tudo muda e tudo volta e não consigo mais dizer
Que sonhos tornaram-se realidade e observara
A felicidade escondida num lugar onde nunca ousei ver
Ela é sempre como nenhuma outra
Eu só fingia estar vivo para ser visto
E esse esconder revelou mais de mim do que devia
Mas nem todo azar reside no previsto
O certo ás vezes se mostra só para dizer que existia
Ela é sempre como nenhuma outra
Aquela voz torna a dizer se posso me fingir agora?
De que forma devo tentar esconder tudo e um pouco mais?
Nem mais preciso e a esse trabalho não dedico minhas horas
Contudo preciso sou ao dizer que não omito informações ademais
Ela é sempre como nenhuma outra
O tempo urge, grita e me desespero, ele se esvai
Cada segundo teima em fugir mas não sem antes
Mostrar minha surpresa a cada bater de suas asas ao que peço:-não sai...
Pois ao te ter cada segundo a certeza sussurra como uma criança ao escrever com giz:
- Ela é sempre como nenhuma outra
Alexandre Bernardo
XX
3, III, 三, γ´, Գ
Desde já eterno em mim
Sempre e Sempre
Alexandre Bernardo
A cigana de fogo (Ato 1)
-
1813
Europa ocidental
Voltava pra casa após mais um dia de trabalho nada incomum
Distante eu vi uma fogueira
Um povo estranho em volta dela dançando e can...
Há 4 anos