segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Adeus...

The last goodbye

Escrevi no dia, mas devido a certas adversidades já tão normais, postagem só agora...

Um último adeus
Algumas últimas palavras
Algumas lembranças

Pois a vida continua
E o show não pode parar...


Francisco de Souza Brito – Pirú
Maldito 15/12/09- Tempo escuro e chuvoso... Que fica mais fácil desistir...

Entre a neblina eu vejo
Aquele choro vazio
Aquele choro fingido
Aquele pranto fugiu
Aquele pranto sofrido

Nós chegamos meio sem jeito
Atrasados e apressados como o movimento do vento
Vento que distante suspirava
Ele era entorno neblina

Chovia
Chovia

E você estava ali
Parado e quieto
Como nunca esteve
Nunca te vi desta forma
Mas agora também não via

Era pela terra
Só podia ser pela terra

A terra que te cobria
Que te separava e te colocava ali
Bem longe de mim
Não entendia direito o porquê

Sei que sofria e sei bem que sofria
Sei que disse e sei que não estava lá para te escutar

Tentei mas não foi o suficiente
Como diversas vezes não foi
Como várias outras não fui

Como devia ou poderia ser
Como deveria pensar em algo ou outro

Cheguei tarde e não te vi
E por que as escrituras fogem de mim
E não é nada bem pensar em alguém
Antes pensar em ninguém e sorvir

Sorvir do mel ou do veneno
Que tendes a ser parte de ti
E não para ser
Ou sempre esteve em seu rosto que nunca compreendi

E venha agora e veja que não estava em tempos
Pois o tempo de mim foge
Como a cruz foge dos pecadores
Como a mentira foge dos mentirosos

Ainda bem que não vi
Pois seria pior
Minha despedida em fumaça
Minha despedida em neblina
Ela não se importava com a chuva

Ela caía despretensiosa
Eram pingos pesados
Cada estalo doía e machucava
Fundo no coração eu não entendia

Não sei o porquê
E me canso de cada data e momento assim

A chuva continuava a cair
E molhado frente a ti coberto estava
E pensava em lançar
Tirar-te toda aquela terra para poder respirar

Contudo não respirava mais
E sabia

E tentava fingir

Tentava não chorar
Ser forte e tudo mais
Mas isso dói

Dois fogem ao longe
Não vou correr atrás
Não foi ensinada a postura
Sonhos não se compram

Amanhã é um novo dia e a vida continua
Sem hipocrisia e sem mentira
Com fingimento e distorção
Como se fossem diferentes as coisas

Não se importe

Ou nunca se importou

Você fugiu e não deixou porquês
E seus porquês estavam tão na cara
Que não os vi
E eu que pensei
Pensei diferente e não acreditei

Tão parecidos e por um momento duvidei de mim?

Não.

E por que mudar?

Por que mudei.
E você percebeu e questionou.
Pois deveria ter-te mudado
Torna-te o que queria

Mas sempre foi assim
E sempre seria

Que seja como sempre foi e eterno
Alegre, feliz e aquele sentimento

Sofrias?
Sim sofrias
Mas por fora era pura alegria

E tua alegria é o que permanecerá
Eterno
Minha alegria é formada por partes tuas
Partes que deixou em mim
Teu olhar é vivo
Vivo em mime em cada um que te conheceu
Tuas filosofias vivas

Tua alegria eternamente viva

E o grão enorme de tristeza que te tirou a vida

Ignora

Lembra que um dia
E que a cada dia
E talvez todos os dias
Alguém de ti lembrara

És uma lenda
És sem nome
És vários em um

És Pirú
És Francisco de Souza Brito
És o pai de uma família sem história e sem honra
O Rock n’ Roll não tem história
Só esse sentimento de eternidade

E
Eterno
Será
A
Eternidade

Adeus

Eu te disse em silêncio

Adeus

Obrigado pela última visita

O sinal vai abrir

Adeus

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