segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Merecimento

Só mais uma reflexão de alguém que se esqueceu conceitos sobre refletir...


XX

Merecimento

Merecimento
É este serviço que me consome
Não some nem finda
Todo desmerecimento que eu recebo
Pelo suor e sangue; Trabalho

Transmitir o que sei
E mentir muito do que se vê
Essa é minha falta
Também minha agridoce tarefa
Que tanto me causa antes de dormir

Sofressor é amor e sina
Professar é mentir envolto em aura
E olhos brilhantes te acompanham
Ora inspiram sabedoria, ora mais uma mentira

Sabem...
Lá fora tudo é tão diferente...
As pessoas se falam por se odiar
Isto é a relação da sociologia
Os fortes, vencedores e assassinos
Ditam o que é história

E eu minto, sim, ao dizer que essa é a língua “certa”
O certo é o dizer e o sentir
A gramática era e erra a fala do burguês do porvir

Sabedoria é um bolso cheio

Ignorância é essa casa vazia

A língua estrangeira por mero saber?
Pura imposição externa
Não nos conhecem
Nossa língua não nos aproxima

Nossas línguas não se aproximam mais

Não há amor

Veja quão absurdo é...
Julga isso ofensa?
Às matérias, assuntos e temas
Que trato verdadeiramente como filhas

Partes de mim
Meu braço e perna
Que conheço tão bem...

Conhecia no verbo correto

Foram amputadas de mim

Não reconheço nas novas
O membro fantasma que aqui ficou

Peça mais
De certo lhe aconselho

Anseie e deseje
Para só então odiar

Reclamar de tudo...

E faça como eu...

Tudo faça e
Nada faça...

É assim o certo?



Alexandre Bernardo


XX


S...

I...



A.B.

Nenhum comentário:

Postar um comentário