sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A beleza do coração humano

Atrasado... Não é mais novidade...


Under the rain – in the river
02:34
Listen: God help the girl – God help the girl


Não venho hoje para tratar de nada especial
Embora tudo tenha em tese uma parte especial
Ao menos, não é nada completamente particular

As noites andam estranhamente longas como há muito tempo não estavam
E ando percebendo atitudes que não me surpreendem de forma nenhuma
Mas de toda forma e maneira eu não esperava

No entanto,
Depois de certo tempo decidi dizer a mim mesmo:
-Não desejo mais participar...
Acho que essa opinião se expande a uma grande parte de tudo

Estranho?
Não sei
Tudo , também em tese, É .
E eu acredito ser ainda mais.
Mas isso também não vem ao caso.

Vi gente demais hoje.
Engraçado ver suas alegrias.
(em parte motivadas pela vodka, transparente nos copos que buscava transparecer no rosto de alguns)
Engraçado ver tantos risos.
Engraçado é também não ver graça nenhuma.
Mas isso também não vem ao caso.

O caso é...

A falta de caso que vi nas ruas esta noite...


XX

A beleza do coração humano

A beleza do coração humano é quase demente
Não pode ser medida e precisada por nenhum medidor
Pois para cada centímetro que vemos de alegria há também a dor
E no embaralhado de emoções que tem se perde

Suas veias e todo aquele vermelho não mostram sua cor real
Seu batimento não tem o ritmo necessário para exprimir-se
O coração humano é enganação e dissintonia
E parece único mesmo sendo de muitos

Outro se expressa por mim
E seu coração dirá o que sinto
E nem por um segundo negarei

Meu coração é brincalhão
Prega-me peças
É arteiro e sente-se assim bem

Senta ao meu lado para entre risos me dizer
Que traí os meus princípios sem perceber
Que quebrei promessas a quem amava
E fiz o que prometi não lhe fazer
E quando trai os seus princípios trai a si mesmo

E deixou-me sozinho ouvindo o som de sua fala
Seu bater como um martelo em minha cabeça
Minha garganta seca a lhe perguntar
E meus ouvidos sangrando de tanto ouvir a resposta

O coração humano é tragicamente dramático
Exagera tudo e minimiza o importante
Para que um dia possamos entender e chorar por tudo
O coração humano é um dramalhão sem causa

Uma carta deixada de fora na melhor jogada
Mas também um blefe sem nada na mão
Era uma folha de árvore e ninguém percebeu
Era um ás de espadas debaixo de uma manga usada e velha

Mas para inverter e embaralhar a vida
Ele é amor, alegria e paixão
Ele é ardência por onde passa
Mas nada queima e de sua poeira se levantam risos e suspiros

É adorado e odiado
Desejado e negado

É a passagem para o paraíso
...
Com uma escala terrível de parada no inferno
...

Entende a beleza do efêmero
Sente o momento
Aprecia o instante

Sabe de uma coisa?
Para mim
E apenas para mim
É tudo um apanhado de sonhos almejados

O coração humano é apenas uma mancha em um deserto de lama...


Alexandre Bernardo

XX

As noites andam longas.

Os posts imensos ao meu modo.

(confuso e extenso de quem fala, fala e não diz nada :P)

Mas não há com o que se preocupar
Os dias ficam mais claros
E tudo está ficando melhor
Afinal
Como sempre deveria ser
E farei de tudo para que seja

Depois de tudo
Talvez esse seja o caso

E não discuto mais o talvez quase certo

Quero sentir o momento

Apreciar o instante


Sempre aqui...

Um comentário:

  1. Vanguart

    Nas paredes escrevia o seu nome
    Pra tentar esquecer
    No espelho assistia à própria dor
    De lembrar
    Na sala vazia, a televisão ligada,
    Uma tentação de existir
    Na cama, sem dono, perguntava
    Como tudo foi acabar

    Minha aventura
    Pra onde você foi?
    Pra onde você vai?

    Se ao menos, tanta coisa que se
    Vive junto não evaporasse assim
    Se, ao menos, na hora dela me deixar
    Precisasse um pouco mais de mim
    Se, ao menos, no escuro eu
    Conseguisse apagar
    Dormir sem sonhar, apenas
    Dormir sem sonhar...

    Minha aventura,
    Pra onde você foi?

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