domingo, 14 de fevereiro de 2010

Sonhos de um escritor desvairado

Riachon dês lost neves 1x1
Listen: Cidadão Quem – A força do silêncio


Sim,
Não dá para explicar...
Mas é que nesses dias eu me vi pensando em palavras...
Sabe aqueles momentos em que você simplesmente escolhe parar e pensar em qualquer assunto? Do tipo que seja o primeiro que aparece em sua mente... Depois de um óbvio primeiro pensamento (que na verdade é alguém) pensei em palavras.
Palavras e palavras.
Todo seu significado contido e incontido.
Liberto e limitado.
Estranheza das palavras que só buscam definir.
Definir?
Algo que almejo. Procuro. Acontece que é sempre tão distante.

Foram dias como os que antecederam também.
Uma falta que bate forte.
Procurando mais uma vez significado de outra palavra.
Saudade talvez.
Sem tradução.
Sem explicitar tão forte que é.

Foram noites de conversas e papos lançados ao ar.
Mudanças de opiniões sobre certas pessoas.
(pois sim, eu prefiro ser essa metamorfose ambulante)
E fui correndo procurar...

Escrever?
Que ato é esse?
O que procuro nisso?

Não sei ao certo.

Sei que pensei fora de mim.

E sendo outro escrevi.

XX
Sonhos de um escritor desvairado

Imortalidade...
Assim começavam os sonhos de um escritor desvairado
Não sabia o que escondia dentro de si
Não sabendo tudo que podia revelar

Cada marca ou cicatriz é estranha
Coberta e escondida mesmo debaixo do sangue fresco
Medo da morte que surge com seu nítido cheiro...
...Inconfundível...

E volta a pensar em uma posterioridade deixar
Possibilidades... Um filho? Sua cópia e imagem
Tão divino, bíblico e sagrado
Tantas menções e lembranças

Tão tristes
Tão tristes

Ele deveria ao menos se orgulhar

E se nada desse acaso virasse certo
Caberia a ti e somente a ti
Ocultar

O fracasso de sua injusta imortalidade

Apenas mais um sonho daqueles incontidos
Um daqueles pensamentos amorfos
Aquele desejo incontrolável de dizer
Mas nem tudo sai da boca do poeta

Mesmo sabendo e rindo de si
Pois disso sabe
Da imortalidade beirando a moralidade
Que tanto cortejou

Ele sabe

Que cada um desses escritores desvairados

São eternos e imortais dentro de si
e...
e...
e...

E correm os assuntos pela madrugada...

Alexandre Bernardo

XX

E se um dia o escrever mudar?
E se as palavras também mudarem?

Na verdade para mim elas nem me importam...

São vis e muito mais...
São puras e muito mais...

O que fica?
O sentimento.

Cada um.
Cada detalhe.
Nunca traduzido com palavras.

Sempre aqui.

Inexato.
Inconstante.

Palavras.

5 comentários:

  1. E Sempre

    inexato

    Inconstante
    ...

    Frases jogadas

    ...

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  2. Massa a iniciativa...
    Espero aprender muito com seu blog e depois descobrir que não aprendendi porra nenhuma,,,
    Estarei por aqui
    Abraço!

    Luciano Alves

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  3. kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Afinal


    Só sei que nada sei


    Só pode ser dito depois de aprender tudo
    hahahahahhahahahah


    Esteja sempre =D
    Abraço

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  4. é com tantas palavras que se exprime tudo que há de tão bonito? ou são as frases que confundem os ouvidos? Certo ou incerto eu não sei...Só sei que teus versos, vão além do que se pode ver no previsível, trata-se de emoções muito sublimes... Quem diria, amadurecer tanto em tão pouco tempo? Mas é assim meu querido... É assim que se constrói os momentos... Há os que critiquem há os que te agradem... mas o que está no puro coração talvez nem possa ser traduzido... São palavras... São palavras... Uma vez um rei me disse que só as palavras podem curar... então que seja assim... liberte-se! e se contente em expressar o que há de lindo nesse teu coração que sempre traz mais do que os olhos dos juízes podem ver!!


    um forte e grande abraço!!

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  5. Mesmo não sendo o comentário completo como você mesmo me confessou devo também confessar que gostei e gostei muito =D

    Fico muito feliz ao ouvir suas palavras, seu incentivo e seus comentário gerais sobre os temas e tudo mais


    Que venham as ligações pela madrugada


    =D

    GrandeAbraço

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