segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

10 de Julho de 2008 - 4ª Parte

4ª Parte


(Quase para terminar :P (Pelo menos eu acho :P))
Enfim
Veremos e a decisão virá


XX

Nem se colocasse. Não havia nada a dizer.Não havia nada a fazer. Partir. A palavra ecoava. Vazia. Sem vontade. Partir.
E parti mesmo sentindo que o mais importante eu deixava.
Continuamos a nossa viagem de moto. Insegura na visão de alguns. O que quer que seja na visão de outros. Só palavras e julgamentos e não queria me julgar agora. Sabe por quê? Os próximos minutos foram daqueles que te marcam.
Marcam a sua vida inteira.
Chego até a sentir ecoar 10 anos depois quando se escreve uma carta a uma grande amiga. Amanda, tento te dizer tudo por que sei que Alberto não entendeu. Ele estava muito a frente de tudo. Acho que não entendia sentimentos infantis. Desses bobos que a gente se entrega e pensa:-Tudo pode acabar agora... Que nada importa... Pois sou feliz e tudo eu tenho. O mundo é meu. E todo sentimento é reflexo de mim. Ecoando no universo.
Eu olho no retrovisor, vem outra moto a toda velocidade, ela me ultrapassa. Tão certo quanto tudo o mais... A minha moto nunca acompanharia aquela. Na frente um cara alto e forte, atrás, uma garota de vestido amarelo.
O vento batia forte no vestido. E o mundo girou mais lentamente, embora nenhum físico ou astrônomo reconhecido tenha percebido. Mas naquele instante eu sabia que algo iria acontecer.
A ultrapassagem foi pela direita adicionada de um corte imprudente para a direita sem sinal e sem nada. Ultrapassagem numa curva... Bem esperto não? E sim era uma curva. Daquelas que não se pode ver se vem outro carro na outra mão.
As chances de vir. É claro... Mínimas... Ou você achou que viria Amanda?
Esperta você... Pois era... Vinha. Um caminhão Enorme.
O caminhão passou por cima, e não sobrou moto, nem cara alto, nem menina do vestido amarelo. Eu faço a curva tranqüilo.
Marina está morta.
A moto reduz velocidade, gradativamente... Até que Alberto bate em meu ombro, dizendo:
- Tá acordado cara?
Eu não sei o que passava diante dos meus olhos.
Vez ou outra eu me perdia no que pensava. Perdia a linha enquanto via qualquer coisa. Talvez o automatismo no dirigir, pois mesmo jovem já era habitual.Talvez fosse a agonia em pensar que um simples cinema durou até meia noite. Talvez o suor excessivo que descia do meu rosto frente ao vento ao dirigir.
Mas era só para me enganar.
Faltava ela, Amanda. Ela era a pior dentre todos os seres que conheci.
Sem pena ou dó de minha pobre existência ela roubou cada um dos meus dias ao roubar meu coração. Sabe o pior? Eu a agradecia... Pensava em toda sua pureza impura que me corrompia. Eu ansiava por mais um segundo com ela. Diria as palavras certas e a faria me amar. Como nunca amou.
Como nunca amei.
Por que nunca amei Amanda? Por que nunca pude me entregar a ninguém como a ela.
E naquela moto o homem com ela cheirava competição.
Que eu perdi.
Eu sempre perco antes de concorrer.
Será sempre assim.
Eu pisco os olhos, e volto a realidade.
E percebo que toda aquela cena que eu vi, em minha cabeça. Foi uma tentativa de me fazer acreditar que Marina estava morta para mim.
Bom, foi uma tentativa bem inútil.
Ainda restavam 23h e 30min desse 10 de julho de 2008. Que eu pensei que já tivesse acabado.
O dia 10 continuava.
Eu queria ver Marina uma vez mais.
Queria que aquele dia 10 nunca mais terminasse.
Pensava:
-Assim Marina estará sempre em mim
Adriano uma vez me disse: -Coração é terra que ninguém pisa...
Eu nunca o ouvi.
Corri.
E fui me entregar...

5 comentários:

  1. Muito bom o texto é seu?

    Anciosa pela continuação

    BJOX!!!!!!!!!!!!!!!!

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  2. Sim sim autoria própria =D


    Continuação by Rafa :P


    Aguarde

    =D

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  3. Alegrunge seu pilantra, K-K-K-K-K
    D boua o txt.

    OBS: Vc conhece a Nika dond?
    Mundo pqno, falouuu...

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  4. hauhauahuahuhauh pilantra por quê???

    que isso

    :P

    e outra
    Mermão
    Brasília é um Ovo
    Todo mundo conhece todo mundo =D


    Super Normal =D

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