00:02h
Listen: Metric - Grow up and blow away
Depois de certos contratempos
Vicios e falta de sono
Um post de fim de semana
com mais um trecho de um livro que nunca termina
:P
Como bem sei que fazia certo tempo que não
postava nada relativo
pensei: se não continuar não vou terminar
e também acho que está grande demais
Lendo e Relendo ele poderá ser melhor
Enfim
Is Here
Uma Mancha em um Deserto de Lama VIII
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Olhava para baixo e cada vez mais seus pulsos pareciam atormentá-lo tentava puxá-los e agora eram os dois homens falando. Nem pareciam tão homens assim em sua aparência. Apenas jovens recém formados sem empregos e desesperados demais para procurar algo melhor. Quando eles viam gente como Johann ficava obvio que a idade batia e ela não era gentil com a maioria e ninguém mais quer cuidar de bibliotecas e chegar em casa com um cheiro de livros usados e visão desgastada em livros empoeirados que ninguém além dele se atreve a ler, em mais um dia sozinho conversando com uma cadeira.
Vem o pensamento de que já teve tudo. Já viu de tudo.
Seria talvez um bom momento para morrer não?
- Não depois do que vi... Eu vou vingá-la. Eu tenho que vingá-la
- Típico homem que já assistiu a filmes demais.
- Verdade né. Eles vêem algo de “muy” belo nesse defeito
- Vamos lá cara você deve ser frio. Agora larga de besteira e assina tudinho logo falando que foi você que matou a velha beleza?
Sua voz agora saia.
Ou eles sempre ouviram mesmo contando que todos ignoraram.
Mas ele podia ouvir e melhor que isso. Ele sabia que podia ouvir. Talvez aquilo fosse apropriado naquele momento. Muitas pessoas saberiam o que fazer e fariam algo de bom se soubessem que podem ouvir e falar ao invés de olhar.
O frio continuava.
Não nos seus pulsos. Johann podia senti-los muito bem eles ardiam molhados. Ele girou a cabeça ouviu um estalo e viu uma poça de sangue embaixo da cadeira em que estava sentado seus pulsos completamente banhados.
-aaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhh....
A dor veio.
Mas poderia ter sido pior.
Outro sentimento do mais completo e perfeito “loser”. O conformismo. Esta doença que assolou seu tempo deixou marcas mais profundas que qualquer ranhura feita com uma arma nuclear bioquímica, ou seja, lá como ela prefira ser chamada. Se conformar é isso. É deixar pra lá como deixa uma criança a um brinquedo que dera se Johann tivesse apreendido a arte mágica de não se importar.
- Vocês não têm esse direito!!!!
Não podem fazer isso comigo
- Sim podemos Johann-respondeu o homem notadamente mais jovem agora algumas espinhas ainda ocupam parte de sua imensa testa onde desde jovem começam a sumir os cabelos nos cantos tentando atenuar esse detalhe ainda não incomodo o suficiente talvez.
- Maldição!!! Eu sou um artista nunca retornarei a pintar assim...
- Você é o quê????
O homem acerta Johann com mais força dessa vez o sangue torna a escorrer dessa vez de seu supercílio novamente aberto por sinal.
- Sou um artista! droga”!!!!!
- Diga um dos prêmios que já ganhou e de renome, por favor,
-...
Talvez o silêncio de Johann tenha doído mais em seus ouvidos do que qualquer outra coisa até mesmo a pancada dada por seu filho.
Ele não tinha a mínima idéia do que poderia responder.
Por um momento tentou que isso deixasse passar.
- Diga!!!!
É só ignorar
- Diga!!!
É só não se importar
Importar foi isso que você não aprendeu nem a não se importar nem se importar você não aprendeu nada Johann.
Mais uma batida é dada. Johann sente que elas são dadas a cada momento com um pouco mais de força e isso passa a realmente preocupá-lo. Algo deve ser feito, mas já neste estado o quê? Se pelo menos... Se pelo menos... Você não estivesse totalmente sozinho algo melhor poderia ser feito uma nova decisão a ser tomada.
- Não vou assinar nada já disse- Johann tentando forçar sua voz para que parece áspero sem porem torná-lo grosso demais
- Aprendeu a falar né ???
- Você talvez ainda não tenha entendido “gagá” nós podemos e fazemos o que quisermos!-Deu uma longa pausa e disse entre dentes- Nós somos a lei até que seja dito o contrário e quando for dito abafaremos tudo! Como vamos abafar sua boca velha podre e suja pode me entender?
Sim. Acho que muitas vezes esses pontos são bem fáceis de entender.
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Alexandre Bernardo
Sempre aqui
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A cigana de fogo (Ato 1)
-
1813
Europa ocidental
Voltava pra casa após mais um dia de trabalho nada incomum
Distante eu vi uma fogueira
Um povo estranho em volta dela dançando e can...
Há 4 anos
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