Riacho Fundo 182 emo city of feelings 2
01:17
Listen: Bob Dylan: The Times They Are A-Changin'
Cansei de reclamar. Talvez sim e talvez não.
Chgando em casa mais tarde do quê o comum a chegar, perdendo ônibus...É esse tempo...
Prefiro culpar todo esse tempo.
Mas apesar de tudo ainda me sinto estranho,sem todo aquele não querer saber de sempre
Entende? i hope so...
Então aqui vai.
...
Continuação
...
Cáp. 1
O Levantar Dos Sem Esperanças - Parte 2
Johann Stancer continua lendo seu jornal, parece já ter se esquecido quantas vezes praticou essa mesma ação nos últimos trinta anos, quem nele está para saber se já não se cansou de acompanhar toda falseta, politicagem e atrocidade que acompanha de olhos profundamente vidrados toda manhã, já teve uma época em que acreditava na política, dizia ser ela algo de bom, criado pela humanidade. A sociedade pode acabar, mas a política não, ela sempre retornara e fará com que o ser humano lembre-se dos valores abandonados, antes inertes agora vivos e ativos em sua mente, a política virá e fará a comunidade novamente, o comum, o uno, a cooperação, solidariedade e afeição.
Mas Johann não mais acredita nisso, talvez seja como seus filhos lhe dizem:- seu tempo já foi véio, já era - nem por mais acreditar no antes ele quer acreditar no que lhe dizem, para ele já bastou passar um mês confortando e convencendo seu coração de que nada do que lhe foi dito era mesmo verdade, ele sempre pregou esperança, a espalhou por onde passou tentou arrebatar todos com ele a este ar de superioridade, mas parece que gastou toda sua esperança, quando se fala de mais se esquece de se atentar ao que diz, palavras são maravilhas traiçoeiras para ele inebriam e enlouquecem e quando menos se pode reparar elas já tomaram vida e forma e dizem por si, sem mesmo precisar de um locutor para informar seus desejos vontades e inverdades.
Não são apenas meros signos se você reparar com muito cuidado.
Mas sempre com muito cuidado.
Johann se esqueceu do que é prosseguir e talvez por isso mesmo tente no jornal ver tantas desgraças quanto em sua vida cotidiana, quantas e mais quantas vezes se vê isso entre nós, a inútil busca por conforto acabar na cruel alegria da desgraça alheia e no espelho do pior, esse espelho opaco chamado alma, se Johann pudesse ver o seu estaria em prantos e aquebrantado, mal se dá pra ver seu rosto, no espelho só lhe restam correntes, elas envolvem todo seu corpo, mas ainda não chegaram a seu coração, pelo menos ainda não, parecem muito ocupadas tapando seus olhos para que não veja a realidade de uma vida sem sentido, o sentir ele sente mais, não pode mais correr suas pernas também estão presas pelas correntes, sua mente é a chave de todas as portas, mas ele nunca encontrou uma tranca, o que dizer de uma busca que não foi feita com o coração, Johann sente seus olhos coçarem -malditos óculos- ele diz- já esta passando do tempo de trocá-los...
-Mas é claro -retruca o filho -por algo mais atual quem sabe? Nunca vi alguém gostar tanto de parecer ser velho, nem essas lentes nem essa armação existem mais no mercado - prossegue arrogantemente.
-Saiba você que elas me serviram de extrema utilidade nos últimos oito anos - responde Johann calmamente sem nem por um segundo mudar o tom nem levantar um mínimo à voz
-Oito anos? Tudo certo, eu sou sempre o errado e sem razão no final, de qualquer forma.
Ouve passos vindos por trás da poltrona quando pensa em se virar para olhar, sente um perfume inconfundível, o perfume de laranjeira que dera a sua filha no seu aniversário há três dias:
-Você e sua mania de comodismo não é mesmo papai?
- Johann nunca respondia. As verdades de sua filha seria algo a mais que não conseguia de forma alguma sustentar.
-Pois bem. - Inicia Johann ao ser interrompido por sua filha:- mais uma vez, muitíssimo obrigado pela festa surpresa que me preparou papai, saiba que adorei.
-já lhe disse filha minha, agradeça a sua mãe, nada daquilo seria possível sem a ajuda dela, pra começar não sabia nem mesmo a hora que você saia da faculdade...
-Largue de ser modesto eu sei que você sabe o horário não muda no ultimo semestre como nos cursos que o senhor fazia tempos atrás.
-Isso é uma possibilidade... A questão vai pra você, senhor Mathias, desejo saber quando irá recomeçar seus estudos, não tem vergonha de ver a sua irmã, tão mais nova que você estando ao mesmo tempo tão adiantada?
-Saca velho, pra mim não rola... Tenho mais coisa pra fazer.
A filha de Johann moça que sempre julgou a ovelha branca da família só costuma fazer uma coisa sem o consentimento do velho, este que sempre fumou por influência da família não queria ver esse mal refletido, na menina que sempre teve tanto de zelo,
Ela passou a fumar, mesmo assim continuo sendo uma moça muito bonita, sua pele não se alterava na presença da nicotina e seus perfumes sempre ocultaram a presença maçante da nicotina, quando perguntada por suas amigas antitabagistas o motivo que levava a boca tantos cigarros por dia, boca essa tanto desejada não só por meninos de sua faculdade, ela costuma sorrir cordialmente, e responder enquanto soltava a fumaça que havia acabado de passar por seus pulmões:
- É tão difícil de perceber assim, será que não vê que isso me deixa extremamente feliz?
Judite o que fazia de sua vida nem ela mesma sabia, morria de amores por sua mãe seu pai e odiava por tudo que era mais sagrada a simples presença de seus dois irmãos, Mathias e... Bem o outro irmão é melhor não ser comentado por enquanto.
Mathias, sempre o mais parecido com Johann durante sua mocidade, Johann não costumava de preocupar com nada além de si mesmo, se perguntado sobre individualismo e egoísmo dizia nunca ter ouvido estas palavras antes nem tinha as lido em nenhum dicionário, ignorante estúpido, como se já tivesse tocado em algum dicionário, seu pai já suspeitava de toda a sua conduta antimoralista, até sendo antimoralista os seus amigos conseguiam superá-lo, tinha um espírito sempre muito fraco e muitas dúvidas a que rumo seguir ficava com todas as mulheres que surgissem em sua frente. AIDS...:- bahhhh... Besteira pra impedir a moçada a se divertir... A gente tem que curtir. Pois bem Mathias o que você tem em sua concepção de sua mente mesquinha de um adolescente de 26 anos, acredito já ter passado bastante tempo para que você entenda que dentro deste crânio que lê, foi criado, cabe algo mais do que seu óculos ridículo sobre seu topete, que o dinheiro dado por seu pai deveria servir ao menos para comprar preservativos e prevenir a pior afronta que ainda viria.
Realmente a pior afronta ainda viria.
Pela frente... Um filho...
Teria vilanice ou pecado maior do que este que forjou dessa vez? Mathias sua ignorância assustou até mesmo seus imprestáveis amigos quando disse:- quem liga deixa que minha mãe cuide... Mathias ridículo no fim da tarde depois de dizer mais uma frase ridícula que jura soar como critica olha o pôr do sol do sobrado de sua casa, um espírito tão pobre não consegue permanecer ali por mais de 10 minutos... Como pensei Mathias entra... Nem ao menos percebeu tinha dito isso ao seu pai pela manhã no final da tarde a droga começava a abandonar seu corpo e julgava ter passado não mais que 30 minutos, muito bem Mathias conte pro seu filho do porvir quantos dias como esse você perdeu.
Johann lê seu jornal despreocupado cria uma bolha como se nada além dele mesmo pudesse afetá-lo, conversam coisas frívolas com sua filha pouco antes de ir preparar o café, Judite começa a lhe contar mais historias do que julga a ele a chatíssima historia da economia. -mas que diabos - pensa ele - quem hoje quer saber de Karl Marx????
Quem reage de alguma forma ao nome de Adam Smith????? Isso é perda de tempo, mas bem pelo menos ela esta fazendo algo de melhor que os dois inúteis de seus irmãos mais velhos, quando penso na educação que lhes dei só posso pensar em quão equivocado fui durante a tentativa de politizá-los, talvez devesse ter lhes dado um livro ao invés de um vídeo game ou talvez uma de minhas obras...
Johann levanta-se e sente seus ossos estralarem mais uma vez, isso tem ocorrido muito ultimamente, mas ele finge nem se preocupar nem ao menos no hospital tem noção alguma de visitar, sempre aceitou que seu corpo pudesse curar suas dores e doenças de formas mais eficazes do que os malditos homens de jalecos brancos já tinham os pintados algumas vezes, se levantou de seu sofá, custou caro e com estofado vermelho sangue, esta cor sempre tinha lhe inspirado medo, mas de uns anos pra cá lhe inspirava a afeição, Johann nem se deu conta do por que o sangue começava a fazer cada vez mais parte de sua dia-a-dia, olha para os lados e repara que nem se deu conta que sua filha saiu da sala, nem ao menos se lembra da ultima frase dita a ela, a TV está desligada sobre a estante de uma madeira rara encontrada na Amazônia desmatada e não replantada apenas para o seu bel prazer de à vela decorando a parede branca com fotos amareladas antigas do que ele antes podia ter chamado de juventude, são tempos. Que não voltam mais, avassalador é o tempo que nada perdoa, Johann o sente, o sente na fraqueza de suas mãos e em sua pele já tão enrugada, ela começa a descer, descendo por entre o tempo se recorda de quando criança ria das pessoas idosas e dizia que sua pele era atraída pela força da inércia ao chão, seus olhos se perdem em seus pensamentos, Johann se sente com se voasse por entre uma assolação de uma praga que lhe comeu a carne, lhe roubou a força e o desfigurou, narciso, doce narciso como desejava se manter belo jovem e correndo na mesma velocidade, sempre pediu isso em suas orações ao que chamava de seu deus. Oh! Falso Johann. Não sinto nada pela sua existência desprezível por entre as cortinas de aves e a escada em mármore que subia ao terraço onde seu Mathias querido se drogava tão perto de onde sua doce Catherine dormia, não mais com ele, onde seu ex-adorado a agora maquiavélico.......Dormia...Sua casa tem um cheiro excêntrico de velha que nem mesmo ele pode deixar de sentir, mobília excêntrica e antiga de sua tão adorada Berlim que só conheceu até seus 12 anos de idade....Vê seu tempo passando.......
Passa tão rápido... Diga-me Johann o que fez até aqui??? Seus pensamentos são interrompidos pela tosse, seus pulmões agora definham e sente vontade de fumar mais um cigarro antes do café sentir suas angústias ao menos mais uma vez se esvaírem com a fumaça.
Continua...
A cigana de fogo (Ato 1)
-
1813
Europa ocidental
Voltava pra casa após mais um dia de trabalho nada incomum
Distante eu vi uma fogueira
Um povo estranho em volta dela dançando e can...
Há 4 anos
i think it's too big for blog....
ResponderExcluirmas
diga me o q tu thinks =D
Ok (começando com letra maísucula)
ResponderExcluir, agree with you, it's too big for blog.
(nem consegui ler todo de uma vez xD)
Aconselho colocar pedaços menores por vez =D
Bom, oq mais... É interessante, se há sua intenção era fazer pensar, conseguiu hehe, mas.. Se quer um conselho pra melhorar, eu diria pra tentar agilizar a narrativa pra prender mais a atenção do leitor =D
Mas, impossível não comentar...
- " É tão difícil de perceber assim, será que não vê que isso me deixa extremamente feliz?"
Me senti um drogado ¬¬
xD
É isso man, abraços =)
till later
hahahahahahahha
ResponderExcluirsorry os pedaçoes serão menores
e está parte eu consegui tranmitir exatamente o que eu queria mesmo
não é passatempo é vicio =D
eu também achei um pouco lento
(ás vezes muito pra dizer a verdade)
e o objetivo de todo livro é fazer pensar
te deixar completá-lo com o que você pensa enquanto lê....
thanks for the comment
não sei se esse vai terminar bem
mas jah tenho idéias para o segundo
e por isso mesmo preciso terminar esse =D