domingo, 31 de outubro de 2010

14

Listen: The doors – light my fire (No kidding, isn’t a joke…)

Primeiramente,
Ciclo
Esta é a palavra
14
Este é o número
Amor
Este é o sentimento
Vanessa
Esse é o nome

Mais?

Sem mais...

XX

14

Fui eu
Mais uma vez fui eu que iniciei tudo
Mais importante que quem fez
Razão, motivo, só Você

Que me inspirou a levantar
Que me incitou a respirar
Uma, duas, milhões e vezes mais

E entendo o porquê de tanta procura
E vejo o quão difícil foi te encontrar
Meu pensamento agora?
Não, nem nunca, te largar

Inesperado tanto e tanto que nos ocorreu
Desculpas pela natureza e o universo,
Mesmo por segundos, nos separar
O importante é ao lar voltar

O espaço onde deixo imersos meus pensamentos
Tão curto e tão vago
Tempo que eu não tenho
E mesmo assim arrumo o universo pra dizer

Te amo mais e mais
Te quero mais e mais

Vem por mais uma vez e milhões a mais
Vamos um universo desvelar...


Alexandre Bernardo <3 Vanessa Vieira

XX
Sempre e sempre te amando mais e mais


<3


A. B.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Festas e Traições

XX

Listen: Pearl Jam - All along the watchtower

XX


Festas e traições

Aquela festa
Todas as danças
Corpos ritmados
Rostos acabados
Copos, todos marcados de doenças

Aquilo que chamam diversão
Tímpanos estourados
Olhos vidrados
Só mais uma vontade
Amar e ser amado

A verdade é tão disposta
Toda a culpa lançada no álcool
Para traições e visões deturpadas
Usar o corpo de um outro
Dar seu corpo a só mais um

Julgava mesmo que ele não veria?
Não somente as marcas de batom
Mas teu sorriso dotado de agonia

Julgava mesmo que ela não veria?
Não somente as mordidas e arranhões
Mas aquele sorriso falso que trazia

Não seria amor suficiente
Nem todas as desculpas
Nem todo o tempo ao lado
Nenhuma promessa
Nada adiantaria

Depois daquela festa

Acabou o amor...



Alexandre Bernardo

XX

Não precisa ter nexo

Só precisa ser

Sempre e sempre aqui

A. B.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A noite

Da série: O que se escreve quando não se conversa durante os intervalos de aula...


Tenso só até certo ponto




XX

A noite

Um som.
Não adiantava preencher todo o ambiente que o continha. Sirene de algum carro de polícia ou choro de criança? Era um simples questionamento que surgia em sua mente frente a dor. Dilacerante. Ele a sentia rasgar pouco a pouco cada uma de suas veias, sentia desfazer o fiar de nervos de sua cabeça e não podia evitar. Latejava. O sangue pingava. Em sua frente o mundo parecia tão espaçoso, embora vago, embaçado mesmo em certo ponto liquido aquoso e continuava sem entender o porquê.
Recolocar a mente no lugar. Organizar. Lembrou por um instante de uma palestra motivacional de um fracassado qualquer, daquele tipo que incentiva os outros e não motiva a si mesmo. Por causa daquilo, fora obrigado no mesmo dia a organizar sua sala e arrumar as gavetas. Levantar a foto caída de Olívia. Como não havia reparado que a foto jazia caída e esquecida ali? Bem verdade, e ele mesmo assumiu, era que já não prestava muita atenção nela em si. Pouco menos no que ela dizia. Ainda menos no que ela fazia. E parecia nem se importar.
Tentou, então, lembrar os últimos passos daquele dia. Antes da noite. Início do dia. Havia sido mais um dia vazio no jornal onde trabalhava. Vazio de notícias. Vazio de pensamentos. Excessivamente cheio de comentários. Vazio de conteúdo. Vazio de vida em si. E se assumia parte disso. A desculpa? Andava tão cansado... e esqueceu-se que se existe o cansaço ainda existe vida. A voz de uma garota que ele nem mesmo conhecia o fez lembrar.
Saindo do trabalho, um gole de café ao lado do ponto de presença da empresa. Esperando. Só para ver Silvia sair. Não. Não ia dizer nada. Apenas escondeu o anel de noivado. Arrumou da forma que achou mais apropriado, enquanto passeava os olhos molhados de desejo pelo corpo da comandante do setor de classificados. De uma forma que a fizesse perceber. Percebeu, mas nem se importou. Ela sorria. Forte e bravamente, ela sorria. Cinco minutos antes, ela recebeu uma ligação que lhe despertou bem mais prazer e desejo em seu coração. Convite irrecusável.
Seguiu em frente com ar de orgulhoso e sentimento de trabalho cumprido. Mais por Silvia do que pelo trabalho em si, evidente. Quando chegou ao carro, recolocou o anel de noivado. Agora era o caminho casa-trabalho, trabalho-casa de sempre. Sem cinto de segurança. Não. Não foi um acidente. O carro ia lento como numa corrida de lesmas por boa parte do caminho. Velocidade mais e mais baixa. Nem 50 cavalos e tampouco 50 tartarugas. Engarrafamento de sempre. E surge ele para fazer ouvir sua voz. Tédio. Liga o som do carro. Tédio. Abre e fecha as janelas. Tédio. Xinga, briga e esbraveja com outros motoristas. Tédio. Conforma-se e aceita outras ultrapassagens. Tédio. Aquele sentimento de que o tempo em casa é menor que o tempo gasto no caminho. Em meio ao tédio, lembranças. O amor de Olívia. Alguma data que nem se lembra mais. Tédio. Pensamentos pecaminosos, unicamente no sentido do pecado original que lhe evoca a palavra, Silvia. Ainda sim, tédio.
Destino: casa. Ignoremos por hora a palavra para não antecipar o desfecho. Desfecho. Sente a palavra com um pingo de tragédia? Quem sabe pingos e respingos de sofrimento? Cubra-se e evite molhar-se de dor, pois, às vezes, de onde vem a lágrimas, enxergamos escorrer aquoso os gritos.
Lembrava inclusive dos pensamentos que lhe ocuparam ao chegar. Lembranças. Lembrava lembranças. E diga-me se há algo mais para recordar? Infância, alegrias, juventude, risos incontidos, choro no travesseiro abafado, um tombo no salão, maturidade, trabalho e decepção. Pensava também em amor e buscava encontrar em que momento o asco o substituiu. Quando seu coração deixou de bater mais forte? Acabou de vez a emoção? O ser de pedra enrijeceu até mesmo o coração, da maneira mais profunda e imunda que conseguiu imaginar. Quando esqueceu o primeiro amor e, se nunca esqueceu, em que instante Olívia morreu? As palavras agora começavam em problemas e terminavam em discussões.
O palco estava armado.
Hoje não haveria jogo de futebol. Não assistiria nada com os amigos, não iria ao estádio nem assistiria nada na televisão. Seguiu. Errou por duas ou três vezes as chaves. Não lembrou ao certo, mesmo lembrando do detalhe. Entrou pela porta principal e enroscou-se em uma cortina que ficava, agora, atrás da porta. Soltou:- que idéia... E que lugar para colocar uma cortina. Foi até a cozinha, geladeira cheia, nada no fogão, pelo que merecia, não havia ali nenhuma novidade. Passando pela sala TV e luzes desligadas. Não se deu ao trabalho de ligá-las. Olívia deve estar na cama. Oito da noite. Olhou no relógio, cedo também para dormir. Dirigiu-se ao banheiro, antes do quarto, e estava coberto de plásticos por todos os lados.
-Obras? Hum... Talvez... Quem sabe... Eu não moveria um dedo para fazer... Provavelmente... Pagar na imensa maioria das vezes sai mais barato e às vezes as pessoas não entendem...
Nesse instante, ouviu um sorriso. Um sorriso vindo da sala. O detalhe era: Pode-se ouvir um sorriso? O certo e exato foi que sentiu algo diferente e ao mesmo tempo verdadeiro. Sabia, e muito bem, que há tempos não sentia. Da porta do banheiro, reparou no corte dos plásticos sobre a porta. Perfeito.
Uma formiga. Passeava sem pretensões no local. Ergueu-se na ponta dos pés, com o polegar esmagando levemente, quase pedindo desculpas. Do sorriso de onde ouviu na sala, viu dentes alvos e uma pancada no rosto. Cambaleava. tonto. Quando viu os dentes alvos de Silvia a sorrir, daquele modo incontido. Levava um celular preso a uma espécie de cinto que utilizava sobre a saia. Curta e provocante como ele sempre gostara. Agora não parecia um atrativo que lhe despertasse tanta atenção. E mesmo assim, percebeu. Tipicamente como ele. Cada pensamento. O martelo pintado de vermelho sangue na ponta. Sentia o pescoço molhado. Silvia ainda sorria. Contudo por trás dela, como se de um sonho, saí agora Olívia, com um olhar ainda mais devastador e um sorriso extremamente reluzente. Ela trazia luz à escuridão dos fatos. A ponta de esperança que ele necessitava para lutar, a não ser que...
Desmaiou.
Salvação? Conheci tolos e sábios que tentavam em vão traduzir essa palavra. O mais próximo da verdade foi um sabiá com cantos curtos, agudos e precisos. Ninguém ao menos lhe deu crédito por sua imensa percepção. Talvez nem quem percebesse, lhe desse o devido. Agora, pensava, acreditava, enganava-se com imensa certeza, mentia com convicção, que sabia exatamente o que estava ocorrendo. Ainda não enxergava, mas pensava quase claramente. Teria Olívia enfrentado Silvia? Sua heroína o livrara da morte por admirar em excesso quem não deveria? O certo era que sentia a pele em um meio termo entre quente e fria.
O palco estava pronto.
Os olhos abriam-se pouco a pouco. Olívia surgia sorridente... Olívia surgia sorridente! Sílvia gargalhava sem nenhum controle do outro lado. Sentia-se agora um animal acuado e procurava entender. Olívia beijava Silvia de forma tão apaixonada que há tempos ele não via, não sentia. Nem lembrava.
O corpo todo amarrado por mais e mais plásticos. A cabeça imobilizada e mesmo assim percebia ainda estar no banheiro. Pensava em gritar, por segundos em chorar, mas quis mostrar-se forte. Em vão.
Silvia gritava “Este é o preço!” sem fazer muito sentido. Para ela, aquilo fazia todo o sentido do mundo. O sentido da vida era aquele momento.
Olívia agora o beijava e dizia com o fervor dos tempos de menina:
-Vim amenizar-te o sofrimento, meu amor, tudo isso por que ainda te amo e mesmo que não me arrependa por isso, vou sempre e sempre te amar...
Ela não dizia seu nome. Nem por um momento. Ele era seu amor. E ela ria descontroladamente.
Ninguém de fora podia ouvir as duas fúrias sedentas, o alvo fruto de uma vida, com todo o primor e cuidado dilacerar.
A noite seguia com todo o sofrimento escondido, esperando por contar mais e mais histórias de dor e de amor. Um segundo de atenção e, talvez, alguns mesmo de países distantes puderam ouvir.
Concentre-se. Foque seu espírito na dor e na ilusão. Amor, desespero e paixão. Leia por sobre as linhas do sadismo e perversão. E ouvirá o grito que espera o mínimo de compaixão. Não sua, talvez, nem se importe. Eu mesmo não meu importei. Mesmo assim...
Eu ouvi.



Alexandre Bernardo


XX


Ouviu?


Sempre e sempre aqui

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Eu nasci...



E já nem lembro mais o que foi ao certo...


XX


Eu Nasci...


Eu nasci certo/errado


Foi uma linda noite de verão
Foi num eclipse belo, encantador
Foi preso no olho de um furacão
Foi numa enchente colapso de dor

Eu nasci

Foi no momento exato e desejado
Foi no fruto do desejo consumado
Fui o chamado resultado inesperado
Prazer procurado de forma irresponsável

Eu nasci

Era um berço de ouro, L.A. ou Hollywood?
Hospital renomado, ali bem perto do Louvre
Era um terreiro com tanto sangue entre cruzes?
Favela, incêndio, rocinha ou morro do amiúde

Eu nasci

Destinado a ser médico, engenheiro e advogado?
Estudante das melhores escolas do mercado
Sem estudo, expectativa, bandido procurado
Que legado! Decepções, frustrações, ato execrável

Eu nasci certo

Eu nasci errado

Ou simplesmente

Eu nasci...



Alexandre Bernardo

XX

Sempre e sempre aqui...

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

13

Segue o tempo
E continua a história


<3

Amo sempre mais e mais

<3

XX

Queimar no Mar


Meu sono finda
Tua voz me desperta
De outro te reino do prazer me transporto
Ao que me incita suas palavras

Lembro do gosto de teu mel
Nessa doçura que é tua voz
Afasta toda lembrança do fel
Liberta-me de me sentir algoz

Quero um novo caminho ao teu lado trilhar
Mistérios desse teu ser, poder desvendar
Ver no teu rosto o reflexo do luar
Perder-me e me esquecer dentro do teu olhar

Lembro, também, e como não lembrar
Do peso do teu corpo sobre o meu
De sentir de tão perto o seu respirar
Quero no teu corpo de mar me sentir afundar

Confundo e não entendo
És sereia ou és mar?

Quero aquela cena em fogo, congelar
O sorriso desperto no teu rosto
O fogo me consome agora em verde
Eternizando em mim esse teu jeito de olhar

Quero no teu mar flutuar
Quero o incêndio que é teu corpo

Quero por você
E só em você

Inventar meu novo significado
De um queimar no mar

Queimando essa brasa de amar
Afogando-me nos pensamentos
De contigo e só em ti estar

Segue o tempo e seque também aquele desejo
De para sempre te sentir
Sentir-me flutuar ao navegar


Alexandre Bernardo

XX


E por que não sempre se declarar?

Que seja piegas ou seja o que for

Sejamos livres para falar de amor


Te amo Vanessa

<3

Sempre e sempre mais

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Ar

Ar

Tudo o que é preciso


XX


Ar

Opressão e indiferença
Une opostos
O cheiro, a dor e o lamento
Em marcas na pele
Não enxerga de tão evidente
Tão claro e clarividente
Incompreensível e mesmo distante
Continua, mesma maneira distinto
Indistinto fosse
Continua, mesma procura
Cansaço fosse
A maldade só em ti reina
E tão belo é seu dominar
Aquele com gritos e humilhações
Reclamando por tanto amar
A base do dizer
Discurso anelar
Presos em dedos gordos
De futilidade irá se libertar
Denúncia, hipocrisia e sonho
Quem tem mais e falar
E por que fala?
Se ao silêncio irá retornar?
Que palavra encontrar?
Cansei de tanto ar e “ar”
Para variar eu preciso saber
Preciso mais uma vez ouvir
Esse som vago ruir
Delicioso ao desmoronar
Volta a bondade e maldade
Caminhantes unidas
Um beijo como forma de selar
Amarra teu olho a mim
Ou continua a me ignorar
Tua escolha
Escolhe a chave
Tranca sua mente
Foge de tudo que vou te lembrar
Sou teu ar


Alexandre Bernardo

XX


Só enquanto eu respirar (8)

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Mentiras

Mais do mesmo sobre mentiras
Ou puramente palavras soltas
Vazias
Unicamente minhas mentiras...



XX


Mentiras

Do pó da areia em minhas mãos
Assopro leve pra ver voar
Figuras se formam e se mesclam
Dois seres na vida se lançam

Da vida, convivência se cria
Eterno suportar-se
Complicam-se ao olhar

Agora unidos abraçam-se
Lágrimas da poeira
E agora o que parecem mostrar?

Era amor?
Era paixão?
União?
O que mais?

Era mentira

Era uma plena mentira

Fugir da solidão para em base
Esconder-se atrás de outro alguém
Foram se usar de escudo
Foi disfarçar tudo de alegria

Mascarar a vida de sorriso

Dizer que toda a palavra é poesia

Mas se não é?

Não era o que queria
Era amor e era sincero
Mas acabou

Era mentira

Os seres de areia
Tão frágeis
Sob as bases de mentiras
Juntos e
Separados
Afundaram-se



Alexandre Bernardo

XX


Sempre...

Cansado...


E escritos sem ligações com datas presentes
Apesar desse pensar confuso...

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Merecimento

Só mais uma reflexão de alguém que se esqueceu conceitos sobre refletir...


XX

Merecimento

Merecimento
É este serviço que me consome
Não some nem finda
Todo desmerecimento que eu recebo
Pelo suor e sangue; Trabalho

Transmitir o que sei
E mentir muito do que se vê
Essa é minha falta
Também minha agridoce tarefa
Que tanto me causa antes de dormir

Sofressor é amor e sina
Professar é mentir envolto em aura
E olhos brilhantes te acompanham
Ora inspiram sabedoria, ora mais uma mentira

Sabem...
Lá fora tudo é tão diferente...
As pessoas se falam por se odiar
Isto é a relação da sociologia
Os fortes, vencedores e assassinos
Ditam o que é história

E eu minto, sim, ao dizer que essa é a língua “certa”
O certo é o dizer e o sentir
A gramática era e erra a fala do burguês do porvir

Sabedoria é um bolso cheio

Ignorância é essa casa vazia

A língua estrangeira por mero saber?
Pura imposição externa
Não nos conhecem
Nossa língua não nos aproxima

Nossas línguas não se aproximam mais

Não há amor

Veja quão absurdo é...
Julga isso ofensa?
Às matérias, assuntos e temas
Que trato verdadeiramente como filhas

Partes de mim
Meu braço e perna
Que conheço tão bem...

Conhecia no verbo correto

Foram amputadas de mim

Não reconheço nas novas
O membro fantasma que aqui ficou

Peça mais
De certo lhe aconselho

Anseie e deseje
Para só então odiar

Reclamar de tudo...

E faça como eu...

Tudo faça e
Nada faça...

É assim o certo?



Alexandre Bernardo


XX


S...

I...



A.B.

sábado, 18 de setembro de 2010

Eu Queria Viver de Poesia




23:15h
Listen: Mombojó - O mais vendido


Seguem-se os dias
Continuam os planos

O que teremos?


O tempo dirá


XX

Eu Queria Viver de Poesia

Queria não acordar para ir trabalhar
Levantar livre para assistir o sol nascer
Queria não esquecer de mim e mesmo assim me perder
Perdoar-me unicamente por cada uma de minhas palavras
Encantar-me com a beleza do alvorecer

Queria não perder os momentos especiais
Ter que pensar tais idéias geniais de como embrulhar a encomenda
O caminho mais rápido para entregar as pizzas
A posição correta das cadeiras na hora de limpar
Queria não comprar o usual em intervalos

Continuar a repetir
Destruir-me no trabalho manual

Quem aceita a minha moeda?
A única que no momento tenho

Queria ainda poder ter minhas palavras para trocar
Dar-te-ei uns belos versos
Para aqui ainda morar


Alexandre Bernardo


XX

Sempre

E nem sempre

Aqui


A.B.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Imperfeição

Só para dizer de um dos momentos
Daqueles que a gente se sente humano...


XX

Imperfeição


Ando cansado
Remendar os farrapos
Costuras as linhas nas palavras
Unir as teias da história

Nada tem sentido

Os dedos frios segurando a caneta
Menor ainda de certo seria, essa frieza que levo no coração
Quem sabe por que e como fui eu congelar
Não sei, nem lhe perguntei, responda-me sei lá
Quem sabe se ao menos tentou o sangue estancar

Meu coração bate assim lento

Sem saber o rumo que irá tomar

Deprimido

Arrume-me algum comprimido que me dá a alegria
A mesma que tanto procurei e nunca encontrei, nenhum lugar

Quem terá a luz para enfim aquece-lo?
Busco inútil que nas noites empreendo
Nas devidamente engendradas palavras
O gelo desse coração se aquebranta

Trazendo dor e mais dor
Novos sentidos para o rancor

Quem foi que disse
Que as palavras ferem?
Quem foi que disse
Que elas também podem curar?

Minha doce cura é ilusão

Minha vida
Retrato gelado na parede de um quarto
Na porta escrito
“Aqui jaz nossa eterna imperfeição”


Alexandre Bernardo

XX

Sempre humano

Sempre aqui


A.B.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Um Caderno de Poemas

11:55h
Da série: Post durante o dia e sem música
=[


Enfim
Séculos mais tarde, um tempo surgiu numa aula que era para ter sido e não foi
Poema dos antigos digitado e devidamente postado
E
Infelizmente

Sem tempo para maiores comentários

Sejamos assim

Sempre, sempre breves




XX


Um caderno de Poemas


Era um caderninho de poemas
Um diário de angústias disfarçado
Não tão bom é claro
Nem tão certo
Menos ainda exato

Mas lhe trazia vida
Era coberto de sangue
Amor e alegria
Não havia não dito
Mesmo entrelinhas, escrito

Era desperto por quebrantar de corações
Sua caneta movida a ódio, tédio e perdão
E não via a hora de parar
E ao surgir às novas páginas
Via-se a mudar

As letras chegaram ao fim
O novo quis comprar
O velho ficou no passado
Entre a poeira a chorar

Novas páginas, quase um mundo novo
Criou-se novo nome, novos segredos
E outras histórias foi-se lá a desvendar



Alexandre Bernardo

XX


Nem sempre breve

Mas sempre e sempre aqui


A.B.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

1 Ano

>>>>1 Ano<<<<<

Mais palavras sendo ditas

Mais momentos divididos

E vemos a divisória?
Vemos a divisão?

Olhamos no horizonte para procurar o fim?

O certo é saber aproveitar ao máximo o momento agora
Poder dizer que vivi tudo na pele
Tudo contigo que eu podia viver

Fim de Ciclos
Não é mais segredo

É uma cadeia terminando para contrariar forças opostas do universo

As coisas podem seguir assim...

Tão...
Tão...

Surreais...

>>>Assim como eu te disse um ano atrás digo hoje: Você parece saída de um sonho...<<<
Do qual eu não quero acordar...

XX


1 ano em um 1º dia

Começou como deveriam começar todas as histórias de amor. Ele não a conhecia. Ela não o conhecia. Ele não tinha chance com ela. Ela nem ao menos o percebia. E mesmo assim se deram ao luxo de umas palavras irem trocar.
Era inicio de curso, não daqueles de verão que rapidamente vem e vão. Curso longo. Três anos. Nem tão longo pensando agora no tempo unicamente como detalhe. Certamente essa palavra foi o que na história fez a diferença. Foi pura questão de detalhes.
Tudo começou como deveria começar toda história de amor. Um olhar. Um pensamento de afeto:
-Putz... Ola só a blusa dessa guria...
A blusa branca escrita “REC” e um círculo redondo e vermelho ao lado, sinal típico de todo aparelho de gravação. E mais pensamentos de puro afeto seguiram:
-Típico estilo de Patty nojenta... Cabelo vermelho para procurar um estilo que certamente não tem...
Como é engraçado o tanto que pensamentos iniciais são facilmente destruídos e motivos de risos ou apenas de um amargo arrependimento. Não. Certamente não é nada engraçado.
E como bem devia ser, todo amor recíproco que nasce, vem com pensamentos de afeto duais.
-Olha só para esse garoto... Cabelo grande... Querendo ser o roqueiro revoltadinho sem causa... Curso de letras onde aparece tanta gente estranha... Não me estranharia também se ele fosse gay...
Será? Realmente algumas idéias mudam depois de certos acontecimentos.
Mesmo assim aquela história parecia algo até divertido de se ver.
Do olhar começaram as primeiras trocas de palavras. Um email escrito pessoalmente. Sentimento? Não... Não... Era só cuidado para não trocar “o’s” por zeros e coisas do tipo.
Um trabalho em grupo. Conversas sem a mínima lógica pela internet. E tudo parecia não passar disso. Pareciam aquele tipo de filme que parece começar num diálogo e terminar no fim de conversa de horas, e no tipo de conversa que você preferia não ter participado. Unicamente por que a maré parece parar. Unicamente por ser imensa a controvérsia em ver a maré parar quando se deseja tão ardentemente navegar.
O vento não vinha.
As águas calmas demais pareciam que nada poderiam ao menos molhar.
Mais um, talvez dois... Aquele modo de olhar... Enfim... Não importava tanto assim de certo. Descoberto foi que outras coisas importavam... E muito importavam. Drummond certa vez disse em um poema que nem sequer lembro o nome de tão famoso que é, e não leia ironia em minha ignorância, disse que havia uma pedra no meio do caminho. Detalhe. Os detalhes são de todo importante. Havia uma pedra no meio do caminho. Certas pedras parecem pedregulhos. Certas pedras parecem que houve um soterramento logo ali... Logo ali... Logo ali por onde queria tanto passar...
O fato foi que ele se encontrou pensando certa vez que certas amizades são difíceis de lidar. Essa seria uma delas? Só o tempo dirá. Conversando com um grande amigo o garoto se via a nela mais e mais falar. Aquela amizade lhe trazia a alegria que há muito e muito tempo não mais procurava e mesmo assim encontrou em outro lugar.
-Você está apaixonado cara...
Não. Não. Ele não queria/podia/conseguia acreditar. Negou e seguiu negando.
-Claro que não... Ela tem namorado... Conversa comigo vez ou outra e nem parece ligar tanto assim não...
E a resposta era clássica:
-Pelo tanto que você fala e fala e mais fala dessa guria não parece que é isso que você quer deixar bem claro não... Desculpa... Sinceridade demais sempre foi a nossa sina.
-Putz... E que sina...
Que sina querer ser sincero e não poder. Que sina é saber que pode, mas não deve. Que sina e saber que deve, mas não se tem noção do resultado. Que sina é saber do resultado. Saber que será desastroso. Pensava então no silêncio. Sempre fora um grande aliado nas horas de maior necessidade. Calar e afastar-se. Otimismo de certo não fazia parte da sina.
Tempos de certa distância. Outras coisas foi-se aventurar a descobrir. Lógico ou ilógico. Foi mais ou menos assim. Histórias pra se querer tudo mudar. Uma chance. Aquele desejo de fazer com que tudo fosse diferente. Sobretudo fazê-la feliz. E por um segundo esse pensamento não lhe pareceu de todo infantil. Queria de certo tê-la ao seu lado. Tentar mudar algumas de suas opiniões. Forjar sorrisos e emoções naquele coração que tanto o atraía. Ela percebeu. O sentimento? Não. A distância. Ela percebeu que ele a evitava.
E entre escritos bobos que ele fazia. Ele ainda dizia sem que ela percebesse: -é um tempo de decisões... Entrelinhas dito: Devo te esquecer? Devo lutar para conseguir o seu amor?
E mesmo parecendo ela não perceber. Ela dizia:
-Tententender eu quero um abrigo e não consigo ser mais direto...
Era tão direto que o sonho nas palavras Gessinger parecia tão perto e longe da verdade. Se é que isso fosse possível dito dessa forma. Ele sabia o quão perto era. Eu? Eu senti mesmo ao lado.
Sentimento é assim e ele aprendeu. A gente tenta afogar, tenta apagar a chama que arde dentro do peito, mas não é nossa escolha acender. E mesmo depois de tentar apagar ele retornou. É sempre assim.
Atenção não se dá. Conquista-se.
Dias depois foi só um recesso e curso voltava. Como parte do rio que segue seu curso as afluentes se reencontraram.
Novas histórias e tantas coisas para se contar. Sendo honesto? Algumas ele nem queria ouvir. Tentou ainda jogar um ciúme aqui um ciúme ali. Só pra ver se ela percebia. Esforço vão. Esforço em vão. Ele se sentou ao seu lado e foi lá ouvir. Uma música aqui, outra ali. Saudade. Um comentário sobre a vida, o universo e tudo mais. Mais sobre isso seria também dito. Saudade. Uma música. Um sorriso. Agora estava mais que evidente. Aquela necessidade de estar perto, aquela alegria que ela inspirava. Não era á toa. Ele estava perdido.
Pensamentos vieram como num dia nublado. Dizer a verdade? Pra que? Só pra assustar... Perder aquilo que ele prezava... Tanto sabia da história dela e tanto queria mudar. Que tipo de destino é esse que sempre me exclui e não pretende me encaixar...
Esse sentimento de exclusão pelo universo é antigo.
Muito antigo.
Certas vezes também foi com ela conversar. Assustá-la? Sim. Acho que foi bem isso que aconteceu.
Falar sobre seus motivos e suas fugas. Isso é motivo para trezentos contos e mil e quatrocentos poemas e nem assim toda a angústia seria liberada.
Entre um momento ébrio e outro ele esquecia. Entre um segundo e outro a sua voz surgia. Entre um sonho e outro ela aparecia. Dizia as palavras que ele queria escutar. Oferecia seu ombro e seu abraço. Era amor. Ele sabia. Ele estava perdido.
Os dias foram passando e ele esperando a maré mudar com os ventos.
Nada mudava.
Doce ilusão.
Ilusão foi que as coisas foram realmente mudando.
As conversas e tudo mais deixavam mais claro o que era entrelinhas dito. A vontade por mudança, esse sentimento que inspira medo e coragem, foi surgindo de pouco em pouco. E ele sabia. E ela sabia.
Depois de dias e conversas aflitas em uma biblioteca. Ela sentiu diferença em seu carinho. Carinho de amigo? Diferente desse eu sinto... De certo pensou... Ou mesmo não. Que fosse. O certo era que ela tinha um olhar diferente pra ele.
Lembra do que disse sobre arrependimento sobre um primeiro pensamento?
Os ventos mudaram.
Arrastaram seus corpos para um mesmo local.
Lua cheia.
Como deveria ser contada toda história de amor.
Adornada de palavras mais belas de certo. Ao menos, me deixe terminar de contar os sentimentos do garoto. E da guria? Ela nem sabia.
Juntos em frente a um prédio todo colorido. Ali bem próximo ao estádio. Ali bem próximo ao curso. Ambos tão distantes de casa. Ambos tão próximos um do outro.
A idéia de parar foi dela. E ele tão bobo nem percebeu.
Frente a ela mais uma das conversas que ele gravou aconteceu.
Uma pergunta:
-Lembra do que te falei sobre definição em uma palavra? Como você me definiria em uma palavra?
E mesmo com medo da reação ele responde:
-Bem... Você entenderia se eu te dissesse que você é... Em uma palavra... Bem... Surreal?
-Como assim?
-Você parece saída de um sonho... Tudo em você tem um toque diferente... Diferente de tudo que eu já encontrei na vida...
Olhou mais uma vez para a lua cheia solta naquele universo de imensidão e a conversa seguiu... Sem ritmo... Sem objetivo... Só para aproximar mais e mais os lábios.
Um beijo.
-Você tem idéia do quanto eu esperei por isso?
Era tudo que ele sempre sonhou.
Será que ela sonhou?
Sonhou?
Tempos depois disse ter sentido aquela sensação... Aquela sensação de borboletas voando suavemente na barriga... Engraçada sensação do que ela talvez viesse a chamar de amor.
Não naquela hora. Talvez tempos depois. Mas na hora exata, ou pouco depois, de certo telefonema em momento inapropriado e em ter que voltar logo pra casa, ele contou. Disse tudo que tinha pra dizer.
Um erro assim tão na cara, sempre tem tudo para dar certo. Como em toda grande história de amor.
Seguimos e depois do desfecho da situação ela pensou. Ele insistiu. Ela pensava. Ele insistia. Ela beijava. Ele beijava. E tudo parecia seguir num caminho tão certo... Tão claro e surreal que por certos momentos tudo, mesmo entre brigas, dores e discussões, parecia dar tão certo. Ele seguia cada pista. A convivência a ajudava. Descobrir aquilo que ele descobriu que não tinha palavras para usar.
Denunciou-se com as pérfidas palavras que ele mesmo tentava em vão manipular.
Conseguiu se fazer entender? Quem sabe ao certo... Só ela pode agora saber... Só ela ao ler as palavras confusas de um garoto perdido no mar esperando alguém chegar... Esperando a praia... Esperando o barco... Esperando o porto que lhe desse abrigo...
Falar sem pensar.
Sentir por sentir.
Amar.
Esse verbo é o que vale a pena ser conjugado de todas as formas nas grandes histórias de amor.
Agora, essa foi a história de um início. Ele sabe que fará tudo ao seu alcance para continuar. Você sabe a continuação... É óbvia com toda história de amor.
Um detalhe.
O mais importante como eu já disse são os detalhes.
Acontece que nós sempre insistimos em mudar.
Acontece que nós continuaremos do nosso modo... Aquele que só quem sabe somos eu e você... Afinal...
Somos nós que escrevemos essa história de amor.

Alexandre Bernardo
30/08

AmoT Vanessa <3

XX


Nunca se acaba aquilo que não tem fim

Sempre e sempre aqui

A. B.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Palmeiras 96 Anos





Palmeiras, Minha Eterna Paixão

Eu canto por ti e esbravejo
Eu reclamo, falo mal por ter receio
Eu comemoro fico alegre, triste e choro
Por você dedico hino, honrarias e declamações
Por você eu luto, sangro e não aceito o não
Posso estar sendo piegas
Mas com raça, suor na camisa e beijando o brasão

O nosso amor não tem limite, não tem distância

Em nosso peito bate um só coração
Metade dele é branca
A outra metade é verde
E de alviverde eu posso colorir a imensidão

Todo o universo
Além do que enxerga meu coração

E essa paixão nunca pode ser calada
Pois mesmo depois de minha vida ser passada
Minha alma será lembrada dentro do canto de uma nação:
Ele é o campeão dos campeões Verdão querido!
E uma vez mais gritarei:
Palmeiras!
E em uníssono com meus irmãos gritarei:
Palmeiras!
E enquanto tiver voz e meu coração bater, gritarei:
Palmeiras!

Sou da Torcida que canta e vibra
Tenho a raça e a garra que me anima
E cantarei por todo meu viver
Eu sou Palmeiras até morrer!

Palmeiras
96 anos de história
96 anos de glória


Alexandre Bernardo


XX


Sempre Alviverde


Sempre Aqui

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Eu lutei contra uma folha em branco






XX


Eu lutei contra uma folha em branco

Eu lutei contra uma folha em branco
Eu que a venerava quando escrita
Eu que vislumbrava as tortas letras quase listras
Eu que a odiava a assim refletir o nada

Eu lutei contra uma folha em branco
Pois não suportava mais a idéia
Eu que me julgava pensar com modernidade
Não agüentava não ter palavras para vencê-la

Por momentos mais tristes eu pensei
Não tenho mais palavras de pedra para lançar
Não sei mais uma explosão no papel causar
Nem sei mais jorrar como sangue escrever

Eu lutei contra uma folha em branco
Nos confins da mentia sentia
O instinto que sente o assassino frente a presa
Nesse sentimento a gente confia

Larguei de mão toda a preocupação
Com o que seria?
Quem leria?
O que diria?

Rabisquei tolas palavras de amor
Ofendi velhos inimigos
Meu passado exaltei
Contei, só um pouco não muito,
De toda a minha dor

Agora frente a mim
Folha ridícula
Não mais em branco
É lançada na minha gaveta desse armário velho
...

E de que adianta?

Se certamente ela será esquecida?
...




Alexandre Bernardo



XX


E ainda luto...


Desde sempre

Sempre Aqui



A.B.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Vazio







Sala Vazia

Uma sala vazia
É só mais uma sala vazia
Não dá vontade de chorar e nem de rir
Pois ficar ou partir tanto faz
A sala vazia é pura ausência
Completamente sem essência
Ela é privação de vida e companhia
A sala vazia
Nem pensamentos vagam por ela
Nem o mais estúpido
Nem o mais brilhante pensamento
Não há brilho
Não há luz
Não restou nada no mundo
Além dessa sala vazia
Ela agora é minha casa
Sento no chão de um dos cantos
Vejo as paredes como parte do que me fecha
Minha sala, meu templo
Minha morada sem portas ou janelas
Vivo preso em minha sala vazia
Não restou alimento
Água tampouco
Tão pouco mesmo restou de mim
A decadência, a fome e o desespero
Surgem contentes em suas formas tão vivas
Vivas?
Alucinação?
Quem sabe se nem sei?
Passeio com a morte de mãos dadas
Quase a beijei
Uma noite de longo verão
Joguei cartas com a angústia
Não me dei ao luxo de trapacear
Deitei ao lado da solidão
E essa sim foi uma longa noite de verão
Todos habitam minha morada
E já não me sinto tão só

Na minha sala vazia...



Alexandre Bernardo




XX


Sempre...


Onde?


A.B.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

11

00:00h
Listen: Engenheiros do Hawaii – Eu ligo pra você (8)
“Eu ligo a TV, Desligo a TV e ligo pra você
Eu digo que consigo, mas não consigo te esquecer”
“Eu preciso te ver
Eu preciso do teu sorriso
Você sabe que eu preciso te ver”
Finda o ciclo
E permanece tão
Óbvio
Tão Claro
Tua ausência escurece os dias
E tua presença é minha luz

<3

XX


11

XI, ια', ԺԱ, 十一


Luz e Escuridão

É a junção das cores
É o preto e branco paradoxal
Há angústia em amar?

Clara a ausência, segue calma
Como poderia ver algo claro na escuridão
A falta é evidente, também o desejo
Tudo que surge no olhar é ensejo

Duvidei e hesitei por um segundo
Tão certo era me lançar
E segui no dia por duvidar
Quem sabe da ideias
Saberá também das respostas?

Só permanecer e esperar
A sua paz me afetar
Sozinho quando você me disse
As palavras que faziam desses cantos
Esquisitos da cidade um lugar
Tão perfeito para se sonhar

O que já foi e permaneceu outrora
Eu não podia acreditar
E o surreal mostrou que fora
De toda fantasia, o coração podia quebrar

Permanecer jovem nem ver onde terminaria
Só para segurar sempre firme sua mão
Medo de perder eu não chamaria
Cansei de sonhar os lábios dizendo não

Pronto para mais uma vez começar
O sangue no peito bater por você
Esse tremer bobo ainda sabe ter
Lugar para ter, esqueço, quero te amar

Palavras vagas
E mais exato é o que sinto cá dentro
E nem quero as rimas, nem junções nem nada
Em versos ‘inda fala o coração dentro de peito

Importante

Não sei do que digo
Enxergo o que sinto

Unicamente ser teu e ver nossa vida passar


Alexandre Bernardo


XX

E que nunca passe

Que todo momento possa ser eterno

11 <3 E Vanessa,
Eu só te Amo mais e mais
Sempre Aqui

Sempre sonhando contigo

Sempre esperando te encontrar depois de dormir

quinta-feira, 22 de julho de 2010

O Cheiro Dela se Perdeu...

11:02h
Listen: Arcade Fire – The Suburbs (Vício!!!)

Enfim
Another Day
Pesquisa na Fipe e já confundo os idiomas na minha cabeça também

Tentando ser breve
Já que o post é longo
Devido ao conto só para quebrar a rotina de poesias

Sem comentários sobre o texto
(Já me disseram que eu comento e concluo meus próprios post’s :P)

Então
Que não seja uma introdução

Mas trata-se só de uma história
De amor ou não
É só uma história
...

XX


O Cheiro Dela se Perdeu...


O cheiro dela se perdeu...

Todos os dias sempre começam com a mesma ladainha. Definitivamente não era um dia qualquer. Na verdade ele bem sabia que nenhum era. Ele lembrou-se cedo de uma cena esquisita e inútil que marcara sua vida. Ela se parecia com todas as outras. Deitado abaixo de uma árvore mais antiga talvez que o colégio onde se encontrava ele conversava com uma garota.
Óbvio que não se tratava de uma garota qualquer. Cada uma delas possui o brilho de um novo dia e nenhum dia é um qualquer. Antes de dizer uma palavra ele olhava no relógio. O horário não importava. Relógios só servem para nos limitar do que realmente interessa. Privar-nos de permanecer o tempo que queremos. Nenhum horário naquele momento importava, mas era manhã. O som escondendo-se atrás da construção velha do colégio. Ele disse:
-Nunca me esquecerei do seu rosto...
Promessas e mais promessas de um garoto infantil. Nem ela mais acreditava em todas as promessas. Ele pouco se lembrava do que ela tinha dito sobre juventude, mas com certeza era algo que incluía cerveja e um acidente de moto. Enfim, o típico do que um jovem descreveria como diversão.
Agora se lembrando da cena. Ela possui um cheiro. Não. Não é a garota que possui um cheiro. É a cena. Ela faz com que ele se lembre de uma música de uma cantora de voz fina que ele nem gostava, mas que ao ouvir lembrava-se do dia. Lembrava da promessa. Lembrava do fingimento sincero. Ele sentia tudo voltar em seu peito. Mais e mais uma vez. Aquele cheiro forte de sentimento. De juventude. De passado.
Lembrou também que sentado na cama lembrando era puro desperdício de tempo. Deu-se conta que estava mais uma vez atrasado. Coisas que importam, coisas que importam. Pensava ele enquanto engolia a seco os pães do café, sem café. Dinheiro e dinheiro. Ele tinha ouvido ou inventado que um grande amigo de alguém que ele nunca chegou a conhecer realmente, mas limitava seus pensamentos como se fossem seus disse: sempre se trata de dinheiro. Esse amigo se afastara do outro. E ele ainda tentava entender o porquê e repetia entender por que saber ele bem sabia. Embora isso não lhe trouxesse o dinheiro que importava, ele pensou nisso durante todo o caminho. Ônibus lotado e coisas comuns. Dias comuns com seus flashes especiais. Um acidente que todos se levantam correndo para olhar. Ele permanece sentado. Existiram vários outros momentos únicos no decorrer do dia que lhe serão bem mais úteis.
Não estava muito certo de seu último pensamento.
Trabalho e mais trabalho. Preenche planilha. Liga para o responsável. Responde emails. Diz a alguém que não pode ser seu amigo. Diz a outro que precisa de mais café. Diz a outro que talvez prefira chá. Liga e cancela. O sono é forte demais para um único chá. Traga café. Telefone tocando. Chefe pedindo agilidade. Agilidade. Companheiro de trabalho gritando. Segue o dia com suas particularidades especiais. Está um dia maravilhoso. Ele percebe algo no intervalo de algumas ligações. Esse dia. Têm um cheiro. Aquele cheiro diferente do que ele sentiu anteriormente, logo pela manhã ao despertar.
Só de lembrar ele percebia que não era o cheiro de lembrar. Esquisito esse ser de diferente forma. Agora ele só queria emergir naquilo. E quão melhor era o cheiro daquele momento. Quando foi que ele não percebeu a mudança que acontecia?
Aquele odor...
Quão estranho era perceber que naquele momento que um cheiro era melhor que outro... Que o cheiro do trabalho não lhe agradava tanto quanto o de antes.
Você pode conseguir tudo o que quiser...
Estava escrito em um cartaz na volta pra casa. Que atividade gratificante! Voltar para casa sentado no banco no mesmo lado da janela de um ônibus lotado. Ver como as coisas passam rápido. Ver o sofrimento estampado na cara de semelhantes esgotados pensando em voltar logo para casa. É. Realmente esse marketing furado de pensamento em conjunto funciona. Acho que todos conseguirão voltar para casa.
Ele não estava muito certo sobre o último pensamento.
Continuava lendo os anúncios de publicidade. Emagreça. Ganhe dinheiro. Jogue suas cinzas em um cartão postal. Seja um cidadão modelo. Enfim, isso não lhe parecia tão único de toda forma.
O sol já tinha se posto.
Ele ainda pensava que tinha vendido mais um pôr do sol.
Casa. Finalmente em casa e pensava. Momentos de odor. Odor de momentos. A fragrância de cada dia o atraía. Ele tentava aos poucos sentir cada um dos dias. Sentou-se no sofá de sua casa e sozinho não ligou a TV. Fechou os olhos e pôs-se a recordar. Cada dia de sua vida. Cada momento. Cada gesto irresponsável. Cada decisão que fez toda diferença. Rejeitar essa ou aquela oferta. Dormir com essa ou aquela garota. Decidir seu sexo, seu nome, seu emblema, seu clã e sua religião. Tudo que no momento exato parecia nem importar.
Tudo tinha um nítido cheiro.
Alguns momentos doces. Agridoces. Outros amargos... Outros únicos.
Lembrou-se do cheiro que mais gostava para dele relembrar um momento.
Cheiro de terra molhada. Cheiro de pós-chuva. Ou mesmo o cheiro da chuva em si. Cheiro de molhado. De um dia único e molhado. Cenas sem sentido, importantes ou não dançavam por toda a sala. Sem querer fazer sentido. Só zombavam do gesto.
Até um se fixar.
Claro e molhado.
Um beijo na chuva.
Outro tombo na chuva.
Momentos molhados e aquela alegria banhada em lágrimas e suor.
E sem por que exato cheirava ainda mais forte a traição.
Sim, aquela garota não era a primeira da árvore na escola. Era outra que partiu seu coração. Mais uma tola e estúpida história de amor que acabara mal para a parte ainda mais estúpida da história. Entenda “Ele” por essa parte.
Lembrou de um momento que ainda como o cheiro do frio que vinha logo depois do molhado. Um dia que pegou uma blusa de frio em certo dia. Ela nem se lembrava. Ele cheirava a blusa. Entre lágrimas ele dizia seu nome. E aquele cheiro ficou. Aquele cheiro era o mesmo cheiro que vinha quando se lembrava da cicatriz em seu peito. Todos os homens, meninos e garotos, nem que seja de leve, mostram as cicatrizes de suas batalhas.
Esse cheiro. Ele queria reviver esse cheiro.
Levantou-se e meio que correndo tropeçando ao caminho do guarda roupa arrancou tudo que via no caminho com certa violência juvenil. Largou fora todas suas roupas. Junto dela lembrava cada promessa fingida. Largou fora todas as suas roupas. Junto dela largava cada sonho destruído. Nada encontrou nos armários e tirou a própria do corpo. E junto dela sua defesa e suas armas. Agora nu e indefeso no chão. Ele olhava embaixo de um móvel antigo. Madeira nobre. Uma blusa de frio.
Era ela. Encontrava. Pegou e juntou próximo ao seu peito. Cheirou forte. Era o cheiro da decepção. Não tinha mais nenhum significado.
O cheiro dela... Perdeu-se...
Talvez ela nunca saiba...
Alguém batia de leve na porta da casa. Ele sabia quem era.
Atendeu e disse que já estava esperando por ela. Ela entrou e mais uma vez reclamou de toda a sua bagunça e desorganização. Ele deu os ombros. Abraçou-a e aplicou um beijo forte, para só então sentir o cheiro em seu pescoço antes de um beijo leve que no seu pensamento era acompanhado por um dizer ininterrupto:
-Esse... É esse... Esse é o cheiro de verdade! O cheiro que eu sempre quis sentir!
Transmutação... Talvez... Acontece que o cheiro dela se perdeu... Mas de outra forma eu ainda o sinto... Aquele cheiro de um novo dia... Cheiro de um brilho novo... Um cheiro que tanto pode emanar de homens quanto de mulheres... Ao seu amante só fica claro o cheiro de paixão.


Alexandre Bernardo

XX

Sempre e sempre aqui


A. B.

domingo, 18 de julho de 2010

Da Glória

19:27h
Listen: Arcade Fire – The suburbs

XX

Bem,
Mais uma vez após certos dias para se lembrar
Segue a escrita para raros
Segue o fato de ser espécie rara
Estamos todos em extinção

Contemos o tempo até o final

Contemplemos o fato da glória
Existir em cada um de nós

XX

Se você não enxergar você nunca verá o que realmente é

XX

Da Glória


Que minha glória seja como o brilho do sol
Ao bater no mar sem fim
Luz forte
Ofuscante
Olhos fechados pelo brilho
Admiração e medo
Cegueira e devoção

Mas que enfim

Em glória,
Ninguém possa distinguir o que fui
Do que sou
Ou o que vou ser...


Alexandre Bernardo

XX

Curto.

Como um brilho que era para ser...

Mas já foi...


Sempre e sempre aqui


A. B.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Uma Mancha em um Deserto de Lama XI

22:23h Listen: Jogo do Palmeiras x Santos :P



E segue mais uma parte do Book nunca continuado :P
Veremos se surge o tempo e inspiração necessária nesse recesso


Enquanto isso...
Mais uma parte...


Uma Mancha em um Deserto de Lama




XX



Capítulo 4

Entre medos e angústias eu enxergo você

Pois nunca entendi por que da vida tão pouco se leva
Por que para entender o que não faz sentido tanto tempo se gasta
Por que para comprovar algo duvidoso tão pouco tempo se dispõe
Pois ignorávamos o que havia de belo para viver em prol do não eterno

Eu quero a beleza da contradição
Quer tocar de volta na sua mão e perguntar se deseja
Por mais uma vez comigo passar para ver o sol nascer
E no fim do dia morrer só uma vez mais
Para que de toda diversão que possuo
E entre tantos medos que tenho
Eu veja você

Quero me perder uma vez mais entre teus cílios
E dizer que mesmo perto tu não me vês
Quero me esconder debaixo de tua unha
E me sentir como lixo, dejeto, mas sempre preso em ti

Por que por tão pouco tempo te analisaram
Pois tão pouco tempo tenho para entender-te
Por que se vejo nossa a vida como a moral do senhor escravo
Quero de fora a quimera metafísica que inventou o amor

Mas entre tanto medo e angústia eu enxergo você
E toda a tristeza que antes me deixava ali, sozinho e absorto
Agora era também parte de mim e natural como coisa em si
E talvez também fosse parte de ti
E mais minha alegria crescia por ver que parte de mim estava em ti
Nós éramos um



E foi o que fez.
E sem dúvida era o melhor horário de fazê-lo. Partir em 90% dos casos pode ser encarado e visto como algo necessário. Chegar sempre é novidade e brevidade mas o partir é o único que deixa marcas e mostra o que realmente sentimentos e pensamos um dia todos deveriam parir, e talvez o façam apenas para ver o quão divertido o deixar pode ser.
Johann conhecia diversas pessoas que tinha partido. Nem todas elas por pura questão opção.
E Johann entendia de deixar, deixar tudo pra trás, abandonar e fugir. Primeiro pegou as toalhas e dirigiu-se ao banheiro ainda acompanhado pelos dois senhores que pararam na porta esperando o que fosse que faria. Ele entra e passa água em suas feridas e novamente sente tragado pelo sofrimento e ébrio por pensamento.
- Isso dói... Isso machuca... Mas o que eu farei... Será muito pior... Nenhum sentimento desses poderá ser equivalente... Nenhum.
Johann sentia-se convicto e este era o primeiro passo para sua cura e libertação. Ás vezes o preço que se paga por atitudes é alto demais, mas nem sempre. Mas ele dever ser pago.
Johann seguiu e depois de algum tempo sentado no sofá e sentido sono, fome e muito cansaço foi liberado e andou como na oitava milha em direção a porta de metal que um dos senhores gentilmente lhe abriu e proferiu palavras de incentivo tais como:
- Suma daqui seu verme antes que eu arranque esses seus olhos de derrotado
E Johann sentia-se emocionado como as pessoas podem ser tão gentis às vezes.
O plano dos policiais era estupidamente simples. Assim como estúpido era quem o sugeriu. Se ele realmente tivesse matado a própria esposa como era de se supor, uma hora ou outra tentaria fugir. E como não tinha Inteligência suficiente para fazer isso de maneira não visível, ocasionalmente seria pego. Simples assim. Estupidamente simples.
A luz ardia frente a seus olhos e por um momento viu o verde do lado de fora. Mas foi habilmente escondido pela frota de ônibus que atravessavam a rodovia naquele exato momento. Desceu de forma extremamente cuidadosa cinco degraus que levavam a aquela porta e chegando ao ultimo degrau não resistiu e perdeu o equilíbrio e meio que correndo e caindo bateu no mastro da bandeira colocado ao lado da escada. Ao bater no ferro quente ao meio dia segurou-se e firmou-se mesmo com o calor da pele que ardia. Olhou pra cima e viu a bandeira, chega reluzia de bela e o vento que nela soprava passou por Johann por um momento e lhe trouxe até mesmo certo momento de calma, mas foi apenas um momento e nada, além disso. E por diversos outros momentos ele sabia disso.


Alexandre Bernardo

XX



Sempre e Sempre aqui

Sigamos!


A. B.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

O Teatro mágico: “Segundo Ato”


O Teatro mágico: Lançamento do DVD: “Segundo Ato”



Chega a hora do tão esperado lançamento do segundo DVD do Teatro Mágico.
A busca de juntar tudo o que é bom numa coisa só continua com a brincadeira proposta pela trupe do Teatro mágico: Pensar. Atividade tão inconstante e aparentemente dolorosa pelo número de pessoas que a evitam.

Acontece que a união dos raros continua a todo vapor e tomando proporções cada vez maiores e mostrando que a tendência é pura e somente a expansão. Teatro mágico é expansão dos pensamentos na troca de informações, no diálogo com as músicas e na proximidade que a poesia das letras da trupe apresenta a cada novo cd, DVD ou mesmo apresentação.

Para provar o que é dito basta observar os shows aqui em Brasília, bem perto. Sempre cheios e com recordes de público como na Feira Brasil Rural, organizada pelo Ministério do Movimento Agrário (MDA) em que entre 15.000 apareceram tantos rostos já vistos em outros shows. Por que o Teatro mágico consegue inspirar um sentimento de realmente querer aquilo todo dia. O tipo de show que você nunca se cansa e nem mesmo por um segundo quer que termine. A trilha sonora que você adota nos momentos marcantes de sua vida em que bate a vontade de dizer: ”só enquanto eu respirar vou me lembrar de você”.

Assim o discurso e a mensagem do TM chegam a cada ouvinte com a estranha pureza de um pensamento que mais parece fragmentado de cada um dos raros que se empenharam para desenvolvê-lo. Deixando claro que o objetivo é justamente o diálogo com o maior número possível de expectadores. O TM defende o fato de que a música é livre. A poesia do TM é disponível para quem quer que se interesse. Simples assim. Suba na pedra mais alta e reproduza o som, cante alto, tudo Creative Commons, recomende o download e conheça a mágica por trás da proposta de uma banda que mistura o circo à música, crítica e poesia de maneira magistral.
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O Teatro Mágico: Segundo DVD: “Segundo Ato”. Shows de lançamento em São Paulo e no Rio de Janeiro o que não impede a compra pelo próprio site da banda:

http://oteatromagico.mus.br/

Viva a música livre.
Incentive o pensamento livre.
Vida eterna a Cultura brasileira.

E lembre-se:
“Sonhar é acordar-se para dentro”

Acorde o personagem que vale a pena dentro de você.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

07 do 07

12:14h
Listen: Blonde Redhead – The Dress



XX

07 do 07


...


Datas com tantos sete e por gostar tanto de 7 tinha que ser assim

Existem coisas que você simplesmente sabe que vai acontecer

Eu não me lembro do 07 do 07 de 2007.

Muito menos posso me lembrar de 97.

Nem vivo estava antes de 87.

Ou estava?

Tem coisas que a gente esquece por preferir não lembrar

Às vezes por que no fundo, no fundo a gente só queria ser lembrado

Um mundo, uma multidão? Eu não

Uma pessoa por todos os momentos que me fizessem satisfazer

Teríamos um diálogo, poderíamos conversar

Mas...
Não...

Hoje é um dos sete traduzidos com silêncio

E eu sabia

Eu sabia que existiria silêncio

E por cada minuto que passava eu não quis acreditar

Do que importa provar as coisas?

O poeta dizia não precisar provar nada pra ninguém

Eu provo do gosto amargo do meu veneno

Eu me provo e provo pra mim que eu não sabia

E desde quando vale provar o não-provar?

Nem sei mais...

Não faz tanto sentido quanto na noite passada

Não faz tanto sentido quanto no século passado

Na verdade, na verdade

Nunca fará

Sou orgulhoso demais pra aceitar uma prova

Faço tantas e distribuo minha perversidade

Nem é assim

É puro exagero

Na verdade, na verdade

O sete do silêncio ou da perfeição

É o mesmo sete das minhas inúteis preocupações

É o mesmo sete do meu ser

Cada parte, cada detalhe e cada mentira


XX


Não.

Não era pra ninguém entender.




Sempre aqui.


A.B.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

10 ------

Listen and Watching: Pearl Jam – House of Blues (Show magnífico +__+)
(que me lembra que hoje é um dia magnífico não?)

Enfim

Depois de um longo e cansativo dia
Depois de uma noite de organização na imensa bagunça das gavetas
...
Sei lá...
Bate um q de saudade
E quando o Eddie diz: “How quick the Sun can drop away?” eu me pergunto a mesma coisa… Sem toda a história de tudo sendo “washed in Black”
Da mesma forma que tem dias que o sol demora tanto
E demora tanto
Pra se pôr

Hoje eu quero relembrar

Um ciclo se fecha

De muitos
E muitos
(E mais ainda)
:P
Que virão

Saiba
Mesmo distante
Mesmo sem se ver

Você está sempre aqui

XX

Meu Anjo veio a mim

Não procurava
Nem no fundo dos olhos de meu Anjo eu podia olhar
Medo de me perder
Ou medo de me lançar

As feridas da queda ainda sentia

Anjo caído
Caindo eu conheço o conceito de Fall
Despencar e sentir não sentir mais o corpo
E tudo por que senti demais
E tudo por um momento

Caí pra sentir-me mais perto do meu Anjo

Chama pra perto

Se necessário fosse tudo largar
Por um segundo teu valeria
Qualquer acordo mortal ou sobrenatural
Para permanecer contigo nesse andar

Brando ato
Fogo fátuo
Sua leveza
Seu movimento

Meu anjo veio a mim

E como por esse momento eu esperei
E quantos universos atravessei
E por quantos perigos morri
Só pra te encontrar nesse momento

E foi tudo o que eu quis
Pena que nunca será
Ou será sorte
Nunca poder me contentar

És tu que me inspira
Inspira e respira dentro de mim
E no meu sonho real
Faz-me levitar

Minha Deusa veio a mim

Imperiosa e provocante
Teu cheiro
Teu olhar
E no teu suor eu navego
Vi o mar de onde eu nunca quero me distanciar
Vi o inebriar em outro formato
Vi essa tua forma de Anjo Deusa Mulher
Vi o fogo do desejo que inspira meu prazer
Queimar-me


E de desejo nesse mar
Afogo-me

Com sorriso no rosto Sem arrependimento

Ah se tu viste

Ah se tu soubesses

Que frente a ti

Inexistentes são palavras

Diferentes desse eterno me apaixonar

Alexandre Bernardo

XX

E eu estou sempre aqui

Sempre cá e lá, oscilante

Sempre contigo

...

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Mais um Sonho Infantil...

12:21h
Listen: Nothing


Seguinte

Ser sincero é pena

Perda de tempo e motivo de discussão
Pra todos os lados
Sem indireta e sendo direto
Manter a boca fechada às vezes é um dom

Tão poucos têm

Tão poucos sabem

E mesmo assim a gente continua na travessia

O meu Eu hoje não é o mesmo de amanhã
E muito cuidado eu tenho pra não ser
Tão e Tão e Tão diferente
Desse Eu de ontem descuidado

Na verdade mesmo

Sou o mesmo

Impreciso

Como sempre


É copa do mundo e não quero esses temas

Esses assuntos


Nada mais


Quero agora um sonho


Relembrar um sonho infantil


XX

Mais um sonho infantil


Cada singelo falar
Traz me o pensamento
Falta em todo o canto a luz

Daquele tempo que nem me lembro
Lembro uma jogada
Um gol nas traves velhas e quebradas
Outro na poeira, ou mesmo na lama

Imaginando todo o estádio a gritar meu nome
Desenhando em linhas tortas o desenho da jogada
Fingido que seria lembrado
Pensando que até mesmo eu lembraria

Os pingos fortes batendo
Não impedem o drible no goleiro
A batida colocada
E só pensar que ninguém ouviu

E naquele instante
Milhares gritavam meu nome
Estádio lotado
Sonho alagado

A infância é tão bela por nos deixar correr

Suar, sangrar e sofrer
Entre infinitos e S’s plurais

Eu podia sorrir

Aquele sorriso branco amarelo
Nem bandeira de Uruguai
Isento de toda dor e culpa
Vertia o vermelho inglês
Isento do sofrimento e angústia
De cada novo sorrir

Desde cedo aprendi
O quão difícil era teorizar
Nunca gostei do sério modo de olhar

Tão simples ignorar toda indecisão
Pessoas em seu modelar rigoroso
Assombrosos olhares por dentes

Desmanchavam-se

Um a um

Por um sorriso

De um garoto nem tão pueril

Mas que facilmente abria o coração
Sem maldade ou mentira podia dizer

-Sinto-me tão feliz... Que até posso sorrir...


Alexandre Bernardo

XX

Sem mais


Deixe-mos de lado o não entendido

O que importa

São os sentimentos cá dentro


Believe me



Sempre aqui



A.B.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Ele Acreditou... Ou Mais uma de Minhas Mentiras

15:22h
Listen: One more day without music
Maybe later...

Ritmo de Copa do Mundo =D

Tempo de esquecer a vida
Deixar passar
Sem ônibus
Sem leis
Sem governador
Aumento no Congresso

E o que mais?
Bah!

Que estupidez!

Essa é a face de Brasília!

Somos tão humanos quanto todos os outros


E falamos de forma aleatória
Como quisermos


Nosso sentidos

A gente sente

A gente constrói


Quero falar de mentiras


Quero contar uma mentira


Assim

Suja e Direta



XX


Ele Acreditou...
(Ou Mais uma de Minhas Mentiras)

Oh! Ele acreditou
Acredite-me por um segundo
Pois por muito mais disso
Olhar molhado e fixo
Ondas ressoando
Gelo reluzente
Ele acreditou

Qual valor? Qual sentido?
O empurrar deslize
Abismo beirando o eclipse
Um novo beijo, fim de crise
E mais sentidos se desprendendo

Era a árvore no outono
Eram folhas caindo sobre o seu corpo
E ele parado olhando para um canto
Os restos de comida, engolidos com pressa

Um cão sem dono
Coleira velha e desbotada
Assim como tantos na cidade
Fugindo da luz e velocidade
Sua história desprendeu-se há muito
Sem sentido, sem sentidos, sem razão

Nem tão igual, semelhante ao menos

Eram mais olhares

Ah! Tão séria ela foi
Que performance!
Forte, brava e ainda na pose
Posso? Quem sabe amanhã

A estação findará e com ela
Palavras saem da boca vermelha
Sem pressa, calmamente brotam na língua
O movimento que seduz
O veneno que falta escorrer pelo lábio

E a boca da senhora Judas se aproxima

Os ouvidos tolos
Cansados de tanto mofo
Perfazem caminhos estilos fim de estação
Já te disse?
Somos tão diferentemente parecidos
Oh! E por que acreditou?

A boca de mulher
O vermelho de Judas
A traição mesclada ao veneno

Mal viu? Valoriza o que foi dito?
Sim, senti e com toda a atenção eu li

Espremendo a folha
Desceu o mel venenoso
Fruto obsceno
Das palavras do poeta


XX


Alexandre Bernardo


XX


Com ou sem veneno

Vivendo

Terras sem lei à esquerda... Você não é bem vindo...





Sempre aqui




A.B.

domingo, 20 de junho de 2010

Uma Mancha em um Deserto de Lama - X

22:29h

Listen: Feist - I feel it all

Post Pós jogo da seleção Brasileira
Pós conversas
Pós show do Teatro Mágico + Lenine
Pós fazer provas


E tentando acelerar o book passando logo as partes revisadas...
Mais uma...
Parte X

Tentando dar movimento aos universos

Enfim...


Rápido assim...



XX


Uma Mancha em um Deserto de Lama - X

XX


Continuação... Capítulo 3 ...




Partindo do pressuposto “estar vivo” se julgar como ser vida.
A maioria pensa assim por que não pode pensar o mesmo?
Afinal pensar é tão difícil, dá tanto trabalho é mais fácil mais cômodo e também mais conformista partir de tudo com um pensamento já pronto que eu aprendi em um filme durante uma tarde em que cheguei da escola sem a mínima vontade de estudar nem de fazer nada.
- Maldição!!!!
Pare com esses pensamentos!!!!!
Johann levanta.
- Mas droga será possível que realmente estou ficando louco?!?
Se não estou eu poderia pelo menos tentar me concentrar e focalizar minha mente na prioridade agora.
Nada de ordens nem nada a prioridade agora e sair dessa droga.
Johann caminhou até a porta e talvez tempo o suficiente para ver que o preso da cela a sua frente estava dormindo. Sua cela aparentava como qualquer outro lugar quando se acorda numa ressaca depois de uma surra e com as asas quebradas. Sujo podre vazio. Parece até consigo mesmo.
Johann puxou o fôlego por um instante e gritou:
- Guarda!!!!!!!!!!!!!!
O prisioneiro da frente deu um pulo e ficou de pé olhando para frente extremamente espantado e lhe respondeu:
- Maldito filho de satanás !! Como esse traste sobreviveu!!
Só vou avisá-lo uma única vez então e bom que me entenda bem ...se..você...abrir...essa...sua..maldita..boca...eu vou cortar seus ... Desgraçado!!!!
E realmente Johann não pode entender o final da frase dita pelo outro prisioneiro, o sotaque era meio que angolano, aquele que se inventa por não saber de onde ele pertence.
Ecoa por um vento feliz e diverso, se expande por orelhas pensantes ao vento, encontra-se com deus e desce ao inferno para contar-lhe mentiras piores que toda afazia que fazia. Certamente não via ao certo o incerto. Procurava dentre todos os sons um menor murmúrio de menor barulho até se ouvir ao longe.
- Mereceu....de certo mereceu...-
E nunca pensamos em casos do acaso, nem ele nunca pensara. A morte sempre é algo a ser aceito liberto e compreendido. Em teoria. Quando ela realmente bate em sua porta não há noção divina nem não se preocupe isso é apenas besteira. Se você perde seu inútil tempo pensando em formas de tornar o ser humano menos ignorante e egoísta, é certamente um tempo que poderia ser gasto de diversas outras maneiras.
Já ouviu falar de maldição? Já ouviu falar de milagre? Já encontrou alguém que presenciou tudo e sobreviveu para que tudo pudesse contar? Nada mais é do que isso. A morte é a total aceitação da incapacidade de permanecer entre tantas relíquias de hipocrisia. É o enxergar de uma nova vida coberta de nada sobre o vazio. Com todo o conhecimento de que o nada é apenas uma palavra inventada para explicar tudo que a pobre ignorância humana não explica.
Ao ver a morte passar ao seu lado Johann nem ao menos pensou em tocá-la, bela, alva e insubstituível mantinha seu ar liberto e alheio. Só havia um pensamento que rondava sua mente e o fazia continuar a andar sem a menor preocupação com o futuro. O ódio. O ódio que sentia era imenso enorme e o sufocava.
A única coisa que movia sua vontade era também a vontade. Matar e morrer por amor. Morrer por clichê e virar um herói hippie para si. E quando encontrar com o ser desprezível que queria para seu banquete seria então Jack, ao passear pelas vielas londrinas sem esperar que algo retornasse a sua procura, julgaria por sua lei e direito tudo que acreditasse infiel e imoral.
Pagaria pecado com pecado. E ensinaria como se dá a vida por amor. Iria ao céu desfrutar de toda poesia carnívora dos arlequins e querubins que vivem seu eterno faz de conta. Entraria em filas para pagar contas e depois seria pego de um jeito ridículo e colocaria tudo a perder em uma tentativa de fuga a outro lugar. Outro país. Outro planeta. Nem que fosse por um instante. Entraria em um banheiro sujo e choraria até que alguém viesse lhe buscar.
Morreria.
Suicídio breve indolor. Queimado entre cadáveres judeus. Disposto entre pensamentos desgraçados e sangrando mais do que minha idéia de beleza.
Isso em um segundo abordou sua confusa mente e logo ele esqueceu.
Não era de todo imperdoável dado ao teor de sua indignação. Mas teve então toda idéia que pessoas desprezíveis têm em momentos desconcertantemente importantes. Como fugir de um assassino correndo até a escada indo para um quarto sem saída. Descobrir o que seria mesmo aquele barulho de correntes arrastando na garagem do vizinho “weird”. - Mereceu... Ele mereceu... -sussurrou o vento indigno uma vez mais.correu como se realmente se sentisse jovem. A idéia permanecia na cabeça. Vou descobri-lo, vou matá-lo, vou destruí-lo apenas isso.
Mas... Por que não arriscar? Se tudo vale e tudo é permitido... Teve aquele... Aquele homem que dizia faz o que tu queres pois é tudo da lei... Sei que ele era importante mesmo não se lembrando de seu nome... Era comum não se lembrar de muitas coisas afinal... Pois nem em sua juventude fazia isso muito bem...
- GUARDA!!!
O prisioneiro olhou para Johann como se pudesse matá-lo naquele mesmo momento usando apenas a força de sua determinação e seu olhar. Correu para o fundo da cela, de certo não poderia matá-lo assim de qualquer maneira.
Um homem andava lentamente pelo corredor e aproximou-se da portada cela. Johann o viu formalmente vestido em seu uniforme impecável dentro daquele ambiente onde parecia que todos se alimentavam de carne dos ratos que corriam em todos os cantos.
- Quem é você? E por que está gritando?
- Não vê senhor. Eu vou morrer aqui... Preciso de ajuda – ele disse.
Antes de responder hesitou:
- Não sei se posso ajudá-lo...mas...
Bom coração devia ter o policial, ou pela primeira vez um deles se lembrou do servir e proteger, ao invés de pensar em por que devo me importar? Ou ganhando tão pouco e ainda à noite devia arrumar mais trabalho... Ele arrumou.
- Espere apenas um minuto senhor. Certificarei-me sobre o que está acontecendo aqui agora mesmo.
Ele apertou um pouco mais o passo e segui até uma porta que era semi visível por Johann. Via que tinha um quadrado com um vidro esfumaçado no centro e via o inicio de uma tranca enferrujada. Mesmo com a demora superior a dois minutos Johann não se importou.
O homem voltou acompanhado de outros dois, possivelmente de patente superiores ao primeiro, pois Johann percebeu a mudança de tratamento entre todos os policiais a eles, isso , pouco depois dele ser retirado de sua cela e levado até um banco com almofadas já bem velhas, entendia-se o porquê visto a situação em que Johann se via. Inutilizado, imundo e com um cheiro nada agradável. O policial na frente de Johann, sentado confortavelmente em sua cadeira atrás de sua mesa e de seu porta-retratos de uma família rica e feliz, que todos no departamento sabiam que era uma farsa maior ainda que a vida de Johann, falava em uma velocidade quase que incompreensível para seus companheiros, já para o pobre pintor era impossível entender, mas ela sabia fingir. Passou toda a vida fingindo, nessa altura da vida já era quase um perito nesse tipo de coisa. Ele continuava mexendo a boca em uma velocidade não usual. Johann ignorava. Depois suspirou e entregou um papel a ele, não antes de entregar uma toalha para limpar as mãos antes de pegar o papel. Tentou ler por mais de uma vez semicerrou os olhos e mesmo assim ainda não via uma só palavra que pudesse reconhecer. Entre um emaranhado confuso de letras uma palavra pode identificar “Libertado”, - serei solto penso eu, ou mesmo se eu pudesse ler mais alguma coisa... Tornou a forçar os olhos e nada identificava...o policial falava...Johann desistiu e assinou de vez o papel sujando-o ainda em parte por não ter limpado as mãos de forma adequada. Ele foi então acompanhado por mais dois policiais que carregavam uma toalha cada um , ao passar ao lado do telefone apontaram como se o indicassem que podia utilizar se assim desejasse, mas também podia não usar e que isso no final não faria a mínima diferença. Ele continuou seu caminho entre aqueles corredores fétidos onde o cheiro já nem lhe fazia tanto mal, parecia estar se acostumando com aquilo. Poderia morar ali se assim o desejasse, mas também podia não morar e no final isso não iria fazer a menor diferença.
Não importa pra onde fosse, não importa o que fizesse, Johann sabia que só havia uma única coisa a que ele desejava. Vingança com o sentido deturpado e como puro clichê divulgado e almejado. Assim como o sentimento que não importasse o que ele fizesse ou onde estivesse seria infeliz, da mesma forma agora sabia que para onde fosse buscaria com todas as suas forças e com toda a sua capacidade de argumento uma forma nítida e clara de acabar com todos os órgãos e arrancar cada fio de cabelo de quem lhe tirou a já nem tão mais sua esposa de entre seus braços já não tão perto ou encostados nela. Não conseguia mais entender como e por que as coisas chegaram a este ponto e sinceramente ele não fazia a mínima idéia de como tinha levado a vida, nem mesmo o que tinha feito em um só momento para tentar mudá-la ou tentar ser feliz.
Sempre via todo mundo dizendo como iria ser feliz depois que comprasse aquela moto mesmo com os 13 mil que pagariam a mais que seu preço real, ou como dariam muito mais tempo ao lazer e dedicação a mulher depois de comprar aquele carro que dispõe de muito mais segurança do que realmente era preciso, eles esperavam. Não importava o quanto demorassem eles esperavam. E neste momento em algum lugar dentro da cabeça de Johann eclodia aquela velha voz que ele acostumou-se a chamar de consciência para não ter a plena certeza que estava completamente e friamente louco e fora de si, e ela dizia velhas palavras conhecidas e de forma até certo ponto amigável. Se mesmo depois de tanta tentativa e sofrimento não percebes que não basta esperar momento para dizer o que deseja e fazer o que pretende não mereces nem aqui estar. Nunca se espera algo que seja feito por você, pois quanto mais expectativa criares, mais facilmente serão decepcionantes atos ou fatos , não importa. E bem sei que para ti muitas vezes sou confuso e falo coisas que aparentam não ter sentido, mais sem sentido é tua existência ou mesmo a fala dela.
E ele se dizia: é o tempo!
E ele repetia: é o tempo!
Ele está me tornando assim.
Talvez esta fosse a melhor hora de ir embora.



XX


E sim...

Talvez esta fosse a melhor hora de ir embora.


Sempre e sempre aqui



A. B.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Cansado de Viver

12:04(?)
E a volta dos Post durante o dia

Listen: No music ( mas se eu pudesse ouvir seria Alice in Chains – Man in the box)

XX

Dissertações sobre a vida, o universo e tudo mais...


Bem...
Não será bem isso...

Digamos que são apenas breves opiniões...


Clima de Copa do mundo e desculpe-me, mas... Eu adoro...
Tanto que assisto Japão vs. Camarões enquanto digito :P
1 a 0 e o som das vuvuzelas durante

Deixando de lados os fanatismos que cultivo

Existe também a semana de provas
Que umas elaboro enquanto outras faço
E o tempo passa assim apertado...

E como queria agora apertar certa guria...

Meu caso não vem ao caso

Saudades desses olhos verdes e desse cabelo vermelho
Já é parte de mim

Enfim

Hoje é dia só de um poema básico
Um dos escritos antigos e que permanecem por aqui
Calados

Faça a voz

XX

Cansado de Viver

Cansei das palavras feitas
Num instante as cortei
Can da pala fei
Sou livre para mudar-me

Cansei de ouvir-te dizer
Tapei meus ouvidos com os restos das palavras
Aquelas que não entendi
Sou incapaz de entender ou sentir

Cansei das brincadeiras ridículas
Fechei a boca
Calei-me
Larguei a caneta/deixei o teclado/Também cansei da pena
Assim ninguém podia me atingir

Cansei de contar mentiras

Afastei meu Amor, meus amigos, meu irmão

Não por cansar de alguém
Apenas que desse cansaço tão óbvio

Em algum momento...

Cansei de viver...


Alexandre Bernardo

XX

Mais palavras de um fingidor



Sempre Aqui

sábado, 5 de junho de 2010

Passado

22:26h
Listen: The Cure - Three Imaginary Boys

Bem...
Muitos post's começam com Bem...

Pois bem...
Sinto-me meio que inicio de blog

Tudo permanece com velhos anseios que mais parecem volta a minha mania de reclamação

mas quer saber?


Tudo está tão bem... Que dou me ao luxo de não reclamar...
E quer saber ando bem assim
Do meu jeito aquele desesperadamente sem pressa


Sei que tenho deixado algumas (muitas!) pessoas meio assim... por causa de algumas escolhas
Não querendo me justificar, mas apenas por dizer...
Tenho buscado prioridade em planos de um futuro nem tão distante
E quer saber
Até gosto de me prender com meus livros por um tempo
E sem tédio!
Acredita???
Bem...
Já desconfiava que não...
Mas ao menos eu disse...

Sobre o poema do post de hoje

Foi mais um escrito nostálgico sobre nostalgia
Só por ser belo lembrar

(Falando em lembrar... Ando lembrando de momentos que não deixam nem um segundo minha cabeça... Assunto para um próximo post)


Meio que assim confessado e não postado


Here we go!


XX

Passado

Cansei de cantar nostalgia
Acontece que não me prendo no momento
Meu presente é tão sem cor
E como me divirto ao divagar
Esse passado idealizado e vulgar

Numa roda de amigos
Alguns verdadeiros, outros conhecidos
Gritamos juntos verdades indigentes
Somos sozinhos
Sem deuses
Sem presente

Talvez por isso enquanto o fogo
Acaba com o que me manteve outrora
Mais vivos do que estamos

Louvamos o passado!
Exageramos o que fomos
Para ser mais do que somos

Contamos histórias do passado
Envolta da fogueira
Comparamos com esse presente
Sem sal
Sem um real
Sem odor
Contudo
Sem nada
Contanto nada

O riso surge forte

Lembrei que no futuro
O que exaltaremos de certo é esse mesmo presente
Sem diversão, sem nada
Pura utopia divagada

Louvaremos esse presente!

Só por ter agora
No nome
E apenas no nome

Esse magnífico sabor de passado...



Alexandre Bernardo

XX


Desde já

Ao menos imaginado aqui


Sempre aqui


'Cause Boys don't cry



A.B.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

>>> 9 <<< Lembrando Versos

Pretendido para: 30/05/2010
Não importa o horário – Só me importa o dia
Somado a todos anteriores – Somado a todos posteriores


Só para afirmar que as pequenas demoras
Às vezes podem ser necessárias


Fechar ciclos já é nossa vida
Nossa escrita
Nossa sina e nunca nossa pena
Já parte de nós
Como tu és parte de mim

Somos uno

Uma vez mais

Completando agora mais um capítulo de nossa história
Em que ao menos uma boa parte
Deveria ter sido reescrita
Com mais risos e alegrias
Mas se do drama fazemos também nosso enredo
Que fortalecimento surja de cada novo parágrafo
Perto ou junto
Longe, distante
Ou mesmo separada

Sigamos

Nosso ritmo

Afinal

É só nosso

...

Para nunca esquecer o importante de nossas vidas


...

XX


9 , IX , θ' , 九 , ט , Թ , झ

Lembrando Versos

Eu tive a idéia de um verso
Daqueles feitos para você sorrir
Assim que pudesse ler o universo
E sentisse você em mim sem sentir

Eu pensei em mil formas de dizer
Que nenhuma fosse piegas
Mesmo todas sendo conversas batidas
Desse bater do coração tolo

Eu relembrei a beleza da juventude sem cor
E procurei traduzir em palavras teu sorriso
Analisar os Celsius do calor do teu corpo
Mas é tamanha minha imprecisão

Se certo fosse, de cada verso
Eu lembraria de muito mais que a explosão do sentir que me causa
Mais carícias e momentos sós
Lutaria pelo tudo e pelo nada

Por você eu desejaria lembrar de cada verso
Só para repetir o eco do som do meu coração
A chama que arde em mim, clama a cada segundo por ti
Venha depressa para mim

Faz-me relembrar o motivo dos versos
As razões de escrever
O faltar da razão no sentir

Faz meu coração bater
Faz pulsar quase explodir
Por te ter
Por unicamente te sentir

Alexandre Bernardo

XX

Ainda temos tempo

Mesmo lembrando de todo tempo



Sempre aqui



A.B.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

A Luz de um Olhar

Dado o fato que Post's podem existir durante o dia


Here we go...


Listen: ♫ Kansas - no names! ♫ just! Don't you cry no more! ♫


Conturbado?
Viver é conturbado

Uma série de imprevistas ações com insuspeitos acontecimentos
só para nos provar que nunca temos o controle de nada


Que seja


Apaguei o carro só de tocar no volante...

Até ele sentiu...

Eu ando meio assim... nem sei...


XX


A luz de um olhar


Tão belo quanto a beleza de tudo esquecer é a beleza de se desencontrar

Tão certo que é desencontrar-me na beleza daquele olhar

Estranhar-se de tudo quanto for jeito e dizer que não fui eu

Perder o controle dar vexame decepcionar só para variar

Tão divertido é acordar dia seguinte travesseiro molhado sem entender

Sair correndo seis da manhã ver o sol nascer

E mais estranho esquisito weird sei lá

Continuar permanecer sonhar em ver o mar

Mesmo tudo tendo visto tudo encontrado e tudo mais

Procuro decifrar olhares timbres de vozes entre outras coisas ademais

Sei desconheço e não vejo caminho para voltar atrás

Arrependimento prévio cancelar a conta pura ilusão

Que bom é sentir o aperto cada vez mais forte no coração

E se perguntar por que é bom amar

E ver beleza em todo sofrer

Pois pra viver temos tanta coisa pra superar

E nas lágrimas tremi de medo de me afogar

Só continuando num trajeto todo treva

Esperando a luz de um só olhar

Que não vem...

Que não vem...

Que eu afastei por tanto desejar...



Alexandre Bernardo

XX

Sem vírgulas

Sem nada

Sem tudo

Sem mim

...

sábado, 15 de maio de 2010

Meu (Nosso) Tempo é Desespero

Listen: Propagandas políticas eleitorais

Eles vieram para ficar
Reinspirar o asco

Eles voltaram...


Pois bem...
Tenho uma vida em branco para me preocupar em preencher...

Tenho tanto a estragar

Tanta coisa a atrapalhar


Já parece um esporte

Um dom


Não sei ao certo


Parece ser assim


Parece ser eu mesmo


Da série: Época revoltada com governo (Será eterna...)



XX

Meu (Nosso) Tempo é Desespero

Acontece como aconteceu aos loucos
Gritos para que o som ocultasse a dor
Pára de fingir que tudo vai parar

Os ossos continuam a crescer
Rasgando a pele, mudando o corpo
Até frente os outros, animais, preciso mudar

Pegar com unhas crescentes e sujas
Todo excesso de outra pele
Pêlos, pele e sangue
Respiração, asco e vida

Postura social pedida
Aquela velha sempre polida
Velha moral desrespeitosa à diferença

Usar tudo como objeto

É descartável

É nosso modismo

Nunca reciclável


Alexandre Bernardo


XX


Nunca suficientemente aqui...

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Minhas verdades

12:39 > Listen: Subways - Young for eternity

Clima agradavél
Adorable se desejasse dizer de outra maneira

Ando meio Desligado (por desligado entenda-se Offline)

Problemas com a tecnologia
Problemas com o velho Chronos e acabo por escrever
Muito menos que o usual

Então...
Mesmo assim, escritos nem tão recentes de um velho fingidor

Que nem por isso é falsidade

São apenas
Impressões sobre a vida, o universo e tudo mais




XX


Minhas verdades

Sãos as mesmas de antes estampadas em minha face
Essa face velha e enrugada
Manchada de idade e sangue
Nesse meu modo moderno de dizer:
-Quão bom é ser antigo
Angústia de minha saudade de antes

Não parece se mover
Não parece ter sentido
Parece vivo
Parece mudar para ser vida

É tão semelhante a mim
Meus sentimentos e minha palavra forçada

Todas iguais

Impelido a originalidade?
Como se minha palavras são iguais?
Meus modos de dizer iguais aos seus...

Talvez por isso me entenda tão bem...

Talvez pelo mesmo motivo não enxergue através de meus olhos
O sofrimento que enxergo no fundo de teu coração...


Alexandre Bernardo

XX

Desde já e eterno


Sempre Aqui


Breve ou não

Dia ou Noite

sexta-feira, 30 de abril de 2010

8

Entre trancos e barrancos...
Chegou-se a simetria
Nem tão simétrica ou certa

Certo é estarmos juntos

E mesmo assim, talvez, nem tão certo disso

O que se espera então?
Melhoras, superação e alegrias
Bem mais
Daquelas duradouras
Que enxergamos em cada gesto ou olhar

Congelados em movimentos que duram pra sempre no lembrar...


Venha mais perto
Deixe-me te perguntar...

XX
O que significa amar?

Meus versos confusos desconexos seguem
Armados de desventura e coragem
Como se tu fosses a única que pudesse ouvi-los

Canto a agonia de ver-te nas ondas
Ondas caídas de globos oculares
Nas quais me afoguei ao ver
Um oceano de mágoas causadas por meu viver tolo

Olhos nos olhos
A espera da fala
Aqui, engasgada cada palavra
Esperando unicamente tudo ficar melhor

E por onde começar?

Pensei em tanto dizer e tanto fazer
Mas realmente te convenceria?
Pensei em tudo ignorar e continuar meu modo
Aquele sem pressa de te amar
Mas realmente te convenceria?

Sabes tanto dessas coisas quanto eu mesmo

Sabes tanto de mim e ti
Que prefiro o não esquecimento
Mas a superação em forma plena
Para só então
Escrever nossa história com cada nuance
Que nos faça ser eternos
Em cada detalhe
Daquelas quatro letras que o coração humano
Julga conhecer seu significado

Ser só então

Amor


Alexandre Bernardo
XX
How i’m feel about Love?

Love isn’t gone

E queira que o destino nos permita...
Estar sempre aqui

Noite ou dia...

Chuva ou sol...

Sempre Aqui ... <3

terça-feira, 20 de abril de 2010

O que a moderna poesia deve dizer?

17:37h
Listen: Blonde Redhead - Misery is a Butterfly
(Old Times!)

Quase na hora de ir para a faculdade :P
E parece que espero algum post feito pelo "Nosso Castelo" para resolver escrever algo...
Na verdade hoje eu tive um dia...
Daqueles que parecem que você não viveu... Tanto espaço você percorreu... Tantas coisas você fez... Mas nesse momento abriria mão de tudo isso por um segundo diferente
Um outro pedaço de você dizendo...
Por dentro ou por fora as coisas parecem sempre as mesmas...
E bate o sentimento que nem na morte nada vai ser descoberto...
O sentido da vida deve ser realmente algo como 42...

Conversas metafísicas?
Cansei delas também
Falar, escrever e respirar
Atividades apenas usuais
Sem alma
Sem sentimento
Sem ser eu...

Eu me sinto como se me tivesse perdido em um de meus “eus”...

E isso nem importa agora

A miséria é uma Borboleta...

Angel... I can see myself in your eyes...

XX

O que a moderna poesia deve dizer?

Quais assuntos temos?
Que tema abordar?
Já que nem pena ou tinta eu tenho
Já que canso tanto os olhos ao digitar

Charme por óculos antes ao carimbo e cartas antigas?

Que viagem devo eu narrar
Se nem por mares posso navegar?
Que emoção e quanta aflição
Devo por sobre o asfalto
E entre os mesmos de mim
Continuar neste repugnante me espreitar

Quais debates retóricos irei narrar?
Debates de jogos ou brigas de bar
Se ao meu redor vejo rusgas sem nexo
Todas sobre a TV falar

Sigo assim só e sem emoção

Sem saber do que falar

Sigo assim querendo-te falar sobre o céu
Mesmo vivendo neste inferno onde vim morar


Alexandre Bernardo


XX


Inutilidade é um estado de espírito...


Sempre aqui...

sábado, 17 de abril de 2010

Flores...

11:04h
Listen:Chico Buarque - Desalento


Afinal,
O começo é um final,
Começo por afinal a liberdade de post’s diurnos

Sabe quando a vida impele a escrever?

Sabe quando é mais força da vida?


Eu só sei... Corre e diz a ela que eu entrego os pontos...

XX

Flores

Eram flores largadas na calçada.
Pareciam, até certo ponto, uns daqueles buques de festa. Um daqueles que a jovem que pegou não se casou. Ao tocar, tão belas flores, inflou-se e sentiu-se por todos desejada. E por vários deles, sim, ela era. Acontece que isso os expulsou. E claro em nossas vidas que às vezes afastamos aqueles que mais amamos e nunca conseguimos reavê-los.
Pareciam, até certo ponto, flores daquelas guardadas há muito tempo dentro de uma gaveta d’um armário antigo. Daqueles que motivaram por vezes um choro desesperado, mas que , por fim, foram esquecidas. Exceto por um despreparado jovem que se julgava único e chorou sozinho ao encontrá-las e disse sozinho:
-Ainda pensa nele...
Seu sentimento começou a degradar. Cair sem fim no abismo do inconsciente. Ele a esqueceu. Ela morreu sozinha. Ele morreu sozinho.
Pareciam, até um ponto ainda mais determinado, flores que caíram da mudança e muitas vezes ignoradas por outros motoristas foram destroçadas e aparentemente envelhecidas pelas pancadas. Por que aparência é externa a alma das flores. Ele chegou sem as flores que serviriam para reatar o sentimento. Elas a fariam deixá-lo entrar. Soaram como mais uma daquelas suas desculpas sinceras, mas ela se cansou de perdoar. O mundo não abre espaço a reincidência no perdão. Separaram-se para viver sozinho.
Pareciam, até um ponto mais próximo do real sem desprezar anteriores realidades, talvez ainda mais reais, flores compradas para um menino. Tanta vergonha ela sentiu. Meninos não gostam de flores. Meninos escondem-se em geleiras de sentimentos fortes e ignoram por completo símbolos de sentimentos. Ela só queria ser gentil. Ser diferente. Ser tudo o que ele sonhou: surpreendente. Como outra que agora mesmo é dona eterna de um coração. Ele se apaixonou, mas por um amigo (suposto ou não) ver as flores, ele as recusou. Ela se ofendeu. Não foram felizes.
Na realidade, as flores, aquelas ditas e distintas flores, eram flores de tristeza.
Eram reflexos incertos descarados da dor.
Era o amargor de cada sentimento, dentro de cada semblante derrotado, desses que nos batem sem mesmo poder perceber.
E o julgar perdido desses filhos do futuro, mesmo nos homens modernos como nós, a visão começa a brotar.
Enxerguemos então a essência daquelas flores assim largadas na calçada:
Eram flores de tristeza.
E algo mais que a profunda tristeza.
Eram reflexos incertos descarados da dor. Era atuação na vida desse destruidor pesar. Foram compradas em qualquer um desses perdidos lugares, estilo conveniência, mas tipicamente mórbidas com caixas para corpos, colares, ternos e coroas. Vendiam também cartões telefônicos.
Havia flores.
Alguém comprava as flores.
Carregava-as junto a dor na alma até uma avenida nunca movimentada daquela pequena e infeliz cidade. Hoje, em especial, as pessoas seguiam umas às outras nas ruas. O incerto as juntava hoje. Seguiam hoje um dos seus.Sendo exato, era uma.
Ela.
Única.
Seu coração se retorcia.
O povo seguia a procissão, como se não houvesse nada mais acontecendo no mundo.
Ao lado de um caixão branco, sem flores, seguia um homem alto, barba exposta, lágrimas também. Segurando firme uma das alças e ao seu lado uma garotinha vestida de negro. Tão puramente abatida. Segurava firme a mão do senhor.
As flores estavam em suas mãos e ele não podia entregar.
A prova do pecado estava em suas mãos e o pretendido delator nunca iria delatar. Iria em paz.
Calada junto do silêncio, as flores caíram.
Eram agora flores caídas na calçada.
As flores que em vida ele nunca fora capaz de entregá-las...
Eram flores de tristeza...

Alexandre Bernardo

XX

Sempre

Sempre aqui

AB